Enviada em: 17/09/2017

Na temática do filme "Tropa de Elite", foi abordado, sob uma perspectiva crítica, o estado de violência ao qual se encontrava a sociedade brasileira, mais precisamento o Rio de Janeira. Fora do universo cinematográfico, a violência é uma forte realidade encontrada, sobretudo, nas metrópoles nacionais, tornando-se imprescindível a tomada de medidas para que seja mudado esse paradigma.    É indubitável que essa questão além de sensível, é muito complexa, haja vista que suas raízes não encontram-se apenas onde a população consegue ver, a titulo de exemplo, principalmente, nas áreas marginalizadas próximas aos centros urbanos. Suas causas maiores, tal como foi muito bem representada no segundo longa metragem do filme "Tropa de Elite", estão nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciária, que, contrariando a vontade popular, agem consoante vontades particulares, deixando de priorizar os setores públicos de extrema importância, como saúde, educação e segurança. Criando, assim, uma zona de instabilidade social, resultando na insatisfação do eleitorado e, em última análise, no descumprimento das leis.    No entanto, alguns problemas dificultam a resolução do impasse. A inércia por parte da população frente ao quadro social e político brasileiro é, certamento, o maior deles. A sociedade como instituição, por ser a única autoridade acima dos Três Poderes, tem por obrigação fiscalizar seu funcionamento, todavia, a falta de compromisso e de prestatividade vem impedindo a homeostasia social. Ademais, o pensamento sócio-ambientalista afirma que todo tipo de comportamento (pacífico ou violento) é influenciado pelo meio externo. Nesse aspecto, percebe-se a própria violência geradora de mais violência, configurando o elo que deixa essa questão sempre em evidência.    Por conseguinte, nota-se a permanência do problema por fatores sociais e políticos. Dessa forma, a fim de atenuá-lo, é imperativo que a população brasileira assuma seu papel centra no bom funcionamento social, exigindo da máquina pública o cumprimento da vontade geral do povo, não deixando de fiscalizar e participar ativamento do governo, fitando a eficiência na sua funcionalidade. Além disso, baseado na concepção Lockeana de que "onde não há lei, não há liberdade", o Congresso Nacional deverá criar uma emenda constitucional específica que averigue os planos de governo de cada político, tal como sua viabilidade, punindo devidamente aqueles que as tangenciarem, objetivando impedir os casos de improbidade administrativa.