Enviada em: 27/10/2017

As notícias sobre violência fazem parte da rotina dos brasileiros. Essa situação caótica tem causa histórica e quem sofre a consequência é o povo, que vive a mercê de políticas públicas ineficientes. Tornando assim essa temática um problema que deve ser resolvido.       No século XX, com a industrialização do Brasil, aconteceu o intenso processo de êxodo rural, no entanto, não houve preocupação com a infraestrutura urbana (moradia, saúde, educação, entre outros), dessa forma as cidades cresceram desordenadamente, culminando na estratificação social, desencadeando o processo de gentrificação, onde quem tem melhor condição financeira consegue morar próximo ao centro e os mais pobres são esquecidos nas periferias. Esse processo de segmentação gerou e gera diversos problemas sociais, dentre eles a crescente violência.        Ademais, é previsto na Constituição Federal a garantia dos direitos sociais para todos os cidadãos. Dessa forma é responsabilidade do Estado garantir o mínimo existencial, para que as pessoas vivam com dignidade. Logo, cabe a ele investir em políticas públicas eficientes, que tragam melhores condições às pessoas, além de garantir que a paz se faça presente na sociedade. Assim como afirmava Hobbes, "O homem é lobo do próprio homem", sem um Estado forte a humanidade entra em guerra.        Em suma, é indubitável que a violência surge da falta de isonomia entre os cidadãos, além da falta de investimentos e cuidado por parte dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Sendo assim, cabe a sociedade cobrar que a Constituição seja cumprida, que os direitos sociais sejam colocados em prática e não apenas transcritos nos códigos que regem nosso país. Além disso é necessário que o Governo através da Secretaria de Segurança Pública invista em melhores condições, infraestrutura e treinamento, para que as polícias consigam executar melhor o seus trabalho. Só com a união de todos alcançaremos um dia a paz. " Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci. E poder me orgulhar e ter a consciência que o pobre tem seu lugar", Rap da Felicidade, Cidinho e Doca.