Enviada em: 26/02/2018

Arrastões. Tiroteios. Assassinatos. Essas são situações comuns no cotidiano de várias cidades brasileiras na contemporaneidade e revelam um cenário preocupante de violência urbana. Nesse contexto,tanto o descaso governamental com as instituições fundamentais ,quanto o falho sistema penitenciário brasileiro, contribuem para a existência dessas questão.   Primeiramente, a falta de investimento em serviços básicos como: saúde ,educação ,lazer e saneamento ,colaboram para os altos índices violência hoje vistos . Isso porque, a população negligenciada ,que costuma ter baixa qualidade de vida e pouca perspectiva de melhoria ,pode ver o crime como uma alternativa para sua falta de oportunidades e como um meio de mudança da sua situação.Por conseguinte , a violência tende a crescer ,principalmente nos grandes centros urbanos, já que esses possuem maior contingente populacional e , consequentemente,maior demanda por serviços; a cidade de Fortaleza , por exemplo , tem uma média de 14 homicídios diários.    Além disso , o deficitário sistema prisional contribui para a manutenção de um ciclo da violência .Nesse sentido, por conta da superlotação e da falta de condições dignas para os presos ,em geral ,a pena de privação de liberdade não atinge seu objetivo de ressocializar o indivíduo. Prova disso são os dados do Ministério da Justiça que afirmam que cerca de 70% dos ex-presidiários voltam a cometer delitos.     Torna-se evidente ,portanto, que a violência urbana no Brasil é um problema urgente e medidas exequíveis são necessárias para mitigar esse quadro. Em primeiro lugar é dever do governo investir nas instituições elementares ,com o fito de , a longo prazo , aumentar a qualidade de vida e a oferta de oportunidades para a população mais carente. Ademais, o Estado deve seguir o exemplo da Noruega e investir em oferecimento de trabalho e educação nas prisões ,por meio de atividades pedagógicas frequentes ,além de promover melhorias nas condições de higiene, saúde e segurança ,para realmente propiciar a ressocialização do presidiário.Tudo isso com o escopo de ter uma sociedade mais pacífica e harmônica.