Brás Cubas o defunto autor de Machado de Assis diz em suas "Memórias Póstumas", que não teve filhos para não transmitir a nenhuma geração o legado da nossa miséria, quiçá hoje ele tenha visto como acertada a sua decisão, ao se deparar com os panoramas da violência brasileira e os seus respectivos fatores. Ademais, segundo Durkheim, "O fato social consiste na maneira de agir e de pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercividade". Desse modo, seguindo essa linha de pensamento, as práticas de violência, ligadas aos problemas das grandes cidades, encaixam-se na teoria do autor, uma vez que, se uma criança cresce em uma família cuja incentive-a à tais práticas, esse mesmo indivíduo, tende a repetir esse comportamento, transmitindo de geração em geração. Paradoxalmente, é necessário ressaltar que, grande parte dos fatores recorrentes a violência, é desencadeado por uma má distribuição política e social. Desse modo, é a partir das práticas capitalistas, que gradativamente a ascensão social é diminuída, dando vez a criminalidade, a partir de jovens que não tiveram oportunidade a educação de qualidade e consequentemente uma menor oportunidade de vida. Portanto, é evidente, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem a construção de um mundo melhor. Destante, o Governo como órgão principal de atuação no estado, deve, em parceria com o Ministério das Cidades investir em mais projetos sociais para um público especificamente carente (favelas, periferias), para que se minimize cada vez mais a marginalização e consequentemente a violência nas ruas. Ademais, a família (pais) através do diálogo deve instruir os seus filhos para escolhas morais e éticas que fundamentem o princípio da honestidade.