A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Como lidar com o medo atômico?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Disponível em: http://oglobo.globo.com/mundo/medo-duvidas-ceticismo-pairam-sobre-arma-usada-pela-coreia-do-norte-18423313 Acesso em 15 abril 2017
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TEXTO II
Guerra Atômica
Lembram-se do tempo em que o mundo podia ser destruído a qualquer momento por uma guerra atômica? Bem, eu não. Meu amadurecimento intelectual se deu durante os anos noventa e neste novo século, época em que mísseis atômicos e bombardeios nucleares haviam se tornado ficção científica. Porém, durante cerca de quarenta anos, da detonação das bombas atômicas norte-americanas em Hiroshima e Nagasaki em 1945 até os anos oitenta, o mundo viveu sob o signo do medo, da muitas vezes iminente possibilidade de uma guerra nuclear. O objetivo do presente trabalho não é descrever o desenvolvimento de tecnologias bélicas ou abordar o conflito entre capitalismo e comunismo, mas sim tentar entender como a população mundial, sobretudo a norte-americana, encarava e traduzia seu medo de um holocausto nuclear em dois simples e acessíveis meios de comunicação: o cinema e as histórias em quadrinhos.
Talvez o uso de uma fontes de análise tão banais assuste os estudantes e professores mais puristas. Para eles tenho duas explicações que justificam o uso dessas fontes: a primeira é a facilidade com que podem ser encontradas e analisadas, uma vez que é mais simples conseguir um exemplar da revista Homem-Aranha do que um documento oficial da CIA. A outra é o grande alcance desse tipo de mídia durante as décadas de cinqüenta e sessenta. À época de seu lançamento esses filmes e revistas eram classificados como infanto-juvenis, produções de ficção científica geralmente sem tanto apuro técnico, no caso do cinema, preocupados em divertir o público infantil e adolescente freqüentador de nickelodeons e bancas de revistas. Talvez somente pesquisas mais apuradas possam entender o tipo de impacto causado por filmes e gibis e por sua utilização de elementos então ameaçadores, como a presença de testes nucleares nos desertos norte-americanos. De qualquer forma, sabemos que esses filmes alcançavam um vasto público de baby-boomers, a interminável população de filhos dos ex-combatentes da Segunda Guerra que cresceu nas primeiras anos da Guerra Fria, também conhecida como Geração Bomba Atômica.
[…]São inúmeros os exemplos de filmes norte-americanos de baixo orçamento produzidos durante a década de 1950 que a exemplo de Godzilla mostram o ataque de monstros radiativos. São aranhas, formigas e lagartos agigantados por efeitos especiais nada especiais, ou melhor, pela radiação de bombas nucleares, traduzindo o medo causado pelo avanço tanto soviético quanto doméstico no campo das armas de destruição em massa.
Outro tema dos filmes desse período pode ser exemplificado por 007 Contra a Chantagem Atômica (Thunderball, EUA, 1965), o 4º filme baseado no agente secreto James Bond, e também o único da série, até o momento, que foi refilmado anos mais tarde. A refilmagem chama-se 007 – Nunca Mais Outra Vez e foi lançada em 1983. Este teria sido o primeiro filme do agente secreto James Bond, entretanto, problemas legais com o co-autor do livro em que o filme fora baseado fizeram com que os produtores escolhessem iniciar a série com 007 Contra o Satânico Dr. No (1962). O filme conta a história de um terrorista ameaçando os governos do mundo, usando para isso uma bomba atômica. Esse filme prova que também o medo de um terrorista colocar as mãos em uma bomba atômica não é uma novidade de nosso dias pós-World Trade Center, mas um sentimento recorrente de tempos passados.
Disponível em: http://www.historia.uff.br/nec/guerra-atomica Acesso em 15 abril 2017
TEXTO III
Um ataque preventivo dos EUA contra a Coreia do Norte, cuja possibilidade foi noticiada pela imprensa, pode resultar em uma guerra atômica, disse o ex-Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta.
“Há uma explicação para o fato dos presidentes dos EUA, no passado, não terem ‘apertado o gatilho’ contra a Coreia do Norte. Mais de 20 milhões de pessoas em Seul se tornarão alvo de um ataque. Existe a possibilidade de uma guerra atômica, que poder custar a vida de milhões de pessoas. Por isso eu penso que devemos ser mais cuidadosos”, disse Panetta à emissora NBC.
Segundo Panetta, que chefiou o Pentágono durante a administração de Barack Obama, “as declarações da administração [de Trump] criam uma tensão ainda maior, considerando as provocações já existentes”. Ele disse que os EUA “devem tomar cuidado” e “não devem fazer movimentos bruscos”.
Panetta avisou que a possibilidade de ações “preventivas” contra Pyongyang é “perigosa”, pois provocará uma resposta, cujo alvo pode ser a capital da Coreia do Sul.
“Recentemente demos uma chance à China de participar desse processo. Vamos ver o que eles podem fazer”, disse o ex-Secretário de Defesa.
Disponível em: https://www.brasil247.com/pt/247/mundo/290468/Ataque-preventivo-%C3%A0-Coreia-do-Norte-criar%C3%A1-guerra-at%C3%B4mica-diz-ex-secret%C3%A1rio-de-Defesa.htm Acesso em 15 abril 2017
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