Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios da formação de professores no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Em análise feita pelo documento Profissão Professor na América Latina, lançado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), cálculos baseados no ENADE 2008 revelaram que cerca de 20% dos estudantes de pedagogia escolheram a carreira como alternativa, caso não conseguissem outro emprego. Em 2014, esse cenário mudou (caiu para 6,8% no total), mas se somado a outras razões como falta de condições financeiras para cursar outra graduação ou influência familiar, o número chega a 15% do total.
Os dados citados acima trazem uma primeira reflexão: Quem são os jovens atraídos para a carreira de docente?
“Percebemos que muitos alunos que vão se tornar os professores do futuro possuem baixo desempenho no Ensino Médio. 70% dos alunos que cursam Pedagogia têm nota abaixo da média do Enem”, afirma Ivan Gontijo, responsável pela coordenação de projetos na ONG Todos pela Educação.
Na contramão deste cenário, os países melhor classificados no PISA estão trilhando o caminho de valorização da profissão e exigindo excelência acadêmica de quem quer se formar professor. Diante da realidade brasileira, políticas como incentivo e bolsas de estudos para alunos de alto desempenho cursarem a formação inicial em carreiras docentes são exemplos de caminhos possíveis para atrair e qualificar os novos profissionais.
Disponível em: http://fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/os-desafios-para-a-formacao-de-professores-no-brasil/ (Adaptado)
TEXTO II
O PNE (Plano Nacional de Educação) dedica quatro de suas 20 metas aos professores: prevê formação inicial, formação continuada, valorização do profissional e plano de carreira. Para que se tenha uma dimensão do trabalho que o país tem pela frente, entre os 2,2 milhões de docentes que atuam na educação básica do país, 24% não possuem a formação adequada, conforme dados do Censo Escolar 2014. “Se nós não cuidarmos dos professores da educação básica, estamos fadados a continuar tendo dados educacionais de baixo nível”, afirma a pesquisadora Bernardete Gatti, vice-presidente da Fundação Carlos Chagas.
O cenário contrasta com a meta número 15 do PNE, que prevê que todos os professores da educação básica tenham formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área em que atuam. Para Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a formação inicial no país ainda é muito frágil. “Ela é insuficiente em relação às demandas das próprias leis brasileiras”, afirma. Cara explica que para se aproximar das metas é preciso começar a tratar o plano como prioridade.
Dentro das medidas adotadas no primeiro ano de vigência do PNE, em julho de 2015, foram divulgadas as novas diretrizes para a formação de professores, elaboradas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação). O documento aumenta o tempo mínimo de formação para os cursos de licenciatura, que passam de 2.800 para 3.200 horas. Além disso, os cursos deverão contar com mais atividades práticas, aproximando os futuros professores do cotidiano da escola.
Disponível em: https://porvir.org/desafios-caminhos-para-formacao-de-professores-brasil/ (Adaptado)
TEXTO III
Disponível em: http://www.tribunadainternet.com.br/charge-do-duke-1859/