Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
(…) Para a Organização Mundial de Saúde, não basta levar uma vida livre de doenças. A saúde, na verdade, compreende o completo bem-estar físico, mental e social. Ou seja, promover a saúde depende de cada um, do coletivo e das políticas públicas. É uma empreitada que possui várias frentes, e as Nações Unidas apresentam metas bem específicas e pontuais para o assunto.
O que mais preocupa a ONU, atualmente, são as mortes consideradas evitáveis, que ainda ocorrem em muitas partes do globo. São mortes que poderiam ter sido prevenidas, total ou parcialmente, por ações efetivas dos serviços de saúde ou por políticas públicas. Entram
nessa categoria, por exemplo, a mortalidade materna, neonatal e prematura, que tem altas taxas em alguns países. Os dados apresentados pelas Nações Unidas mostram que alguns avanços têm sido alcançados nessa área: desde 1990, os índices de mortalidade materna
diminuíram 45% por cento em todo o planeta.
A mortalidade e as infecções por doenças que podem ser prevenidas e tratadas também registraram queda nas últimas décadas. Nos últimos 30 anos, o número de crianças mortas por doenças como HIV, tuberculose e malária caíram pela metade, resultado de iniciativas globais de prevenção. Novas infecções por HIV caíram mais de 30% entre 2000 e 2013, e mais de 6,2 milhões de pessoas deixaram de ser infectadas por malária.
Apesar do progresso, mais de 6 milhões de crianças continuam morrendo, anualmente, antes de completarem o quinto aniversário. Muitas, por conta de doenças que podem ser prevenidas, como a tuberculose e o sarampo. A AIDS ainda é a principal causa de morte entre adolescentes da África subsaariana. E a mortalidade materna é um grande problema em muitas áreas rurais, onde apenas 56% dos partos são feitos por profissionais qualificados.
Disponível em: <https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/saude-e-bem-estar/>
TEXTO II
TEXTO III
O número de mortes no Brasil, três anos após o início da pandemia, ainda continua acima do que é esperado, embora agora em um patamar bem menor do que nos primeiros anos da Covid-19.
As mortes em excesso se referem ao número de óbitos registrados no país acima do que era esperado para aquele ano, considerando o padrão observado em anos anteriores. A Covid, que já matou mais de 700 mil pessoas, alterou esse padrão.
Em 2023, a taxa esteve um pouco acima do esperado de mortes até março, mês para o qual há dados disponíveis mais recentes. No período, eram esperadas 262,8 mil mortes no país. Porém, houve aproximadamente 48 mil a mais, ou 18% acima do esperado. (…)
Os dados chamam a atenção para o fato de a Covid, embora agora em menor intensidade, ainda ser uma doença que provoca, ela própria ou indiretamente, um excesso de óbitos no país.
Para Fátima Marinho, epidemiologista e consultora sênior da Vital Strategies, as mortes em excesso na pandemia foram importantes para entender a real dimensão dos óbitos pelo coronavírus.
“As principais causas de morte no país, que são câncer e doença cardiovascular, caíram na pandemia, então o excesso foi realmente causado por Covid, que foi a novidade em termos de doença”, explica.
Outras mortes, como as causadas por diabetes, tiveram aumento no período —um tipo de condição de saúde que é agravado pela Covid e também pode piorar o quadro da doença, levando ao óbito. Já em 2023 houve uma queda desde janeiro no excesso de mortalidade, embora ainda levemente acima do limite esperado.