Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Como o planejamento urbano pode garantir cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Cidades e comunidades sustentáveis
O mundo está ficando cada vez mais urbanizado. Atualmente, segundo dados da ONU – Organização das Nações Unidas –, mais da metade da população do planeta vive em áreas urbanas. São 4,4 bilhões de pessoas morando em cidades, ou 56,2% da população mundial. Em 2050, esse número chegará a 6,5 bilhões de pessoas – dois terços de toda a humanidade. Por isso, é preciso dar atenção especial a essas áreas, que frequentemente também concentram casos de pobreza extrema.
As cidades pelo mundo
As cidades pelo mundo nunca foram tão ocupadas como agora. Até o começo dos anos 2000, havia mais pessoas vivendo em áreas rurais do que no meio urbano. Foi só em 2008 que esse panorama mudou, quando, pela primeira vez, esses números se igualaram: 50% da população mundial, o equivalente a 3,4 bilhões de pessoas na época, habitavam as áreas urbanas, e 50% as áreas rurais. A partir desta data o mundo passou a ter maioria da população vivendo em cidades.
O rápido crescimento das cidades junto com o aumento da migração rural para a urbana levou a um boom nas megacidades, que são, por definição da ONU, os municípios urbanos que concentram mais de 10 milhões de pessoas. Em 1990, havia dez dessas megacidades espalhadas pelo mundo. Em 2015, segundo dados de censos e estimativas, existem cerca de 28 megacidades, lar de um total de 453 milhões de pessoas. A maior delas é Tóquio, onde habitam 30 milhões de pessoas. No Brasil, temos duas: São Paulo, com mais de 20 milhões de moradores, e Rio de Janeiro, com cerca de 12 milhões.
A pobreza extrema é muitas vezes concentrada em espaços urbanos e os governos nacionais e municipais lutam para acomodar o aumento da população nessas áreas. E qual seria a solução para este problema? Existem algumas pessoas saudosistas que falam em desurbanização ou até mesmo “desmigração”. Porém, apesar dos desafios, diversos estudos mostram que os indicadores sociais e econômicos melhoram com o aumento da urbanização. Os países mais urbanizados tendem a ter maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), menores níveis de violência, maior nível educacional etc. Em geral, a concentração urbana permite ganhos de escala, ao contrário da dispersão rural ou das
pequenas cidades.
Por isso, a saída para resolver os problemas trazidos pelo rápido crescimento urbano – como a desigualdade social e o aquecimento global – não está na diminuição da taxa de urbanização dos países, mas sim em uma transformação significativa da forma como construímos e gerenciamos nossos espaços urbanos, para que esses locais possam crescer de maneira sustentável. Tornar as cidades seguras e sustentáveis significa assegurar o acesso a habitações seguras e a custo razoável e melhorar os assentamentos de favelas. Também envolve investimentos em transportes públicos, criação de espaços públicos verdes e melhoria do planejamento e gestão urbana de forma participativa e inclusiva.
Disponível em: : <https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/cidades-e-comunidades-sustentaveis/.>
TEXTO II
Programa Bem Viver apresenta projeto da USP para ampliar práticas sustentáveis em São Paulo
Um projeto de extensão da Universidade de São Paulo (USP) tem ampliado as práticas sustentáveis dentro do campus e permitido que alunos, professores e a comunidade coloquem a mão na massa para montar e manter composteiras, meliponários, hortas orgânicas urbanas, jardins de chuva, sistemas de capitação de energia solar e construções com teto e parede vegetadas.
“A ideia é aprender e receber todo tipo de professores que tenham ideias e que queriam fazer experiências nestes locais. Esse tipo de conhecimento será extremamente necessário porque vamos precisar mitigar as mudanças climáticas e combater a fome”, disse a professora da faculdade de medicina da USP, Thais Mauá, em entrevista à edição de hoje (6) do Programa Bem Viver. “São tecnologias simples, que podem ser replicadas em várias comunidades.”
O objetivo do projeto, chamado USP Sustentabilidade, é reunir os diversos conhecimentos da universidade para promover práticas sustentáveis que melhorem a qualidade de vida e ajudem a combater a insegurança alimentar no entorno. Segundo os responsáveis, trata-se
de laboratório sustentável a céu aberto, aberto para a comunidade.
“Queremos incluir cada vez mais gente no projeto, que o público passe a interagir mais conosco para que a gente aprenda juntos, construindo novas iniciativas de sustentabilidade”, pontuou o também professor da USP Antônio Mauro Saraiva, na conversa com o Bem Viver.
Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br/2021/12/06/programa-bem-viver-apresentaprojeto-que-usp-para-ampliar-praticas-sustentaveis-em-sao-paulo>
TEXTO III