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Enviada em: 30/04/2018

É diária a guerra no Brasil contra o tráfico de drogas. Diante da violência nas cidades e periferias ou mesmo nas perseguições aos traficantes e usuários de drogas, é fato que o sistema de narcotráfico tornou-se um organismo independente dos poderes públicos. As penalizações estão previstas desde a Constituição de 1988, entretanto, a falta de execução de projetos capacitadores e instrutores dos agentes federais e militares frente a esse organismo é a razão pela ineficiência do sistema antidrogas.    Em primeiro lugar, é válido ressaltar que a mídia brasileira é convergente em culpar as periferias pelo tráfico de drogas e suas derivações. Ainda que exista nas favelas os reflexos do consumo e venda de drogas, são também os locais onde ocorrem os abusos de poder, a formação de milícias e mortes de inocentes justificadas pelo combate ao tráfico. Além da corrupção policial, existe a falta de um planejamento quanto ao futuro de um traficante ou usuário detido. Por conta da situação caótica do sistema carcerário brasileiro, não existe a reintegração do preso, mas sim a sua alocação em um ambiente insalubre e de permanente violência.    Em síntese, a situação do tráfico de drogas versus o sistema de combate é desproporcional. São ausentes os projetos preventivos quanto ao uso de drogas, por não existir espaços de debates e são desiguais as respostas policiais quanto as punições, podendo existir de suborno até mortes de inocentes e chefes do tráfico. Mesmo que exista a Lei de Drogas no Brasil, os problemas estão ligados a quem a executa e de que forma.    Visto a necessidade da integração e atuação das leis antidrogas no Brasil, é necessário que o Governo Federal seja ativo nas questões, junto aos poderes legislativo, executivo e judiciário. Deve haver fiscalização sobre os investimentos na saúde pública e nos sistemas carcerários, de forma a garantir o direito ao tratamento do usuário livre ou detido. Além disso, é preciso uma reforma no corpo policial brasileiro, de forma a garantir a ética de atuação do agente inserido na comunidade. Dessa maneira, o país caminhará para a excelência no combate as drogas.