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Enviada em: 17/07/2018

No filme "Cidade de Deus", é retratado o domínio de uma região pobre do Rio de Janeiro por parte de criminosos que se enriqueceram com base no tráfico de drogas. Nos dias hodiernos, o contexto desse filme se transforma em uma realidade devido à ineficiência das políticas antidrogas adotadas. Nesse âmbito, dois aspectos são preponderantes: as consequências do tráfico e a dependência causada pelas drogas.       Diante desse cenário, convém ressaltar que a ineficiência da política antidrogas gera um grande ônus à sociedade. Isso foi evidenciado pela Guerra do Ópio, na China, quando o consumo dessa droga tornou grande parte dos chineses viciados que já não conseguiam trabalhar ou realizar suas atividades civis. Portanto, entende-se que a ineficiência da política antidrogas gera o risco de que o Brasil também passe por um momento caótico como esse.      Ademais, é imprescindível pensar no motivo da dificuldade de se eliminar o tráfico. Segundo o economista Adam Smith, onde houver demanda, haverá oferta. Isso se aplica ao Brasil pois o vício ocasionado pelas drogas faz com que sempre exista uma demanda muito grande e que gera muito lucro aos traficantes. Consequentemente, os criminosos investem muito em armas, sistemas de segurança e meios de burlar a lei que se tornam mais eficientes do que os policiais.      Portanto, a fim de solucionar a questão supracitada, evidencia-se a necessidade de alguma mudança. É preciso que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Saúde, financie clínicas de reabilitação para os usuários, para que se acabe com a demanda e, consequentemente, com a oferta. Tais clínicas deverão ser distribuídas por todas as regiões do país e contarão com profissionais especializados em tratar e educar os viciados sobre os riscos das drogas. Isso pode ser feito por meio de palestras, debates, dinâmicas, jogos ou esportes que terão o intuito de induzir o usuário a uma conduta consciente. Dessarte, certamente, o Brasil terá uma política antidrogas eficiente.