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Enviada em: 21/08/2018

Avanços consideráveis foram dados no que diz respeito à política antidrogas no Brasil. Lembrando que se trata de um país conservador em diversos aspectos, é surpreendente os avanços jurídicos na diferenciação do traficante e do usuário, e os tratamentos que cada um deve ter em suas condições. Mas o problema maior não é o pequeno vendedor de drogas nas favelas, e sim a quem ele responde e para onde o dinheiro vai.     Fica cada vez mais claro que intervenções militares em complexos periféricos resulta em mais violência e mortes. Além de ser uma maneira ineficaz de combater o problema em questão. É necessário identificar dependentes químicos, tratá-los e reinseri-lo na sociedade: Esse é o grande papel do Estado no auxílio de cidadãos nessas condições, e não chamar o Exército Nacional, que acaba por amedrontar e acuar indivíduos.      Além do mais, tornar constitucional o tráfico um crime inafiançável e sem anistia, dificultando ainda a liberação de criminosos detidos tem inúmeros significados: o primeiro é mostrar que o Legislativo não está mais disposto a tolerar essa delinquência; logo, inibir atos relacionados com a venda de substâncias químicas deve ser consequência obvia; o terceiro e mais importante é que o governo não fará vista grossa com a questão, que destrói vidas de brasileiros.     Porém, a parte mais difícil de se solucionar na política antidrogas ainda segue ignorada. Talvez, justamente por ser tão complexa, ou quem sabe por conivência dos que estão no poder. Assim como armas, drogas não chegam nas favelas sozinhas. Os bodes expiatórios de poderosos que lucram com o tráfico muito mais do que o dinheiro que circula na favela.     É preciso investigações a fundo que identifiquem e prendam esses poderosos, pois senão a questão de drogas no Brasil segue um problema. Operações federais de grande porte, que rastreie de onde vem as substâncias e, principalmente, quem mais lucra com elas. Com esses indivíduos presos, cai exponencialmente o crime e temos um Brasil mais seguro e justo.