Materiais:
Enviada em: 18/02/2019

Na música "Cachimbo da Paz", de Gabriel O Pensador, se pontua alguns problemas da criminalização das drogas. Nela é contada a história de um cacique fictício, que compartilhou seu entorpecente com a sociedade porém, foi preso por tráfico e morreu espancado, sendo seu último pensamento "a paz é contra a lei e a lei é contra a paz". Ao refletir a laboração do Poder Executivo, é lógico concordar com essa obra, e afirmar que tal política contra drogas tem que ser mudada pois, em sua forma atual só acentua a violência e injustiça.     A política antidrogas aderida no Brasil, e também em outros países da America Latina, diferencia o usuário de um traficante de drogas, sendo o último o único a ter pena de prisão, que tem aumentado consideravelmente. Porém, não há parâmetros definidos para diferenciar os dois grupos, o que resulta em casos onde estigma da aparência é o que define a sentença, o que é nítido em um país racista como o Brasil, que muita das vezes é absurda, verba gratia o caso de José Manoel Severino dos Santos, que foi condenado a quatro anos de prisão por tráfico de drogas, com apenas 0,02 gramas de maconha.      Ao contrário dos países latinos em desenvolvimento, os países de maior Índice de Desenvolvimento Humano -como Noruega, Suécia e  Dinamarca- não criminalizam mais o uso recreacional de drogas naturais, como a cannabis, investindo, em vez da polícia e UPPs, em projetos educacionais de saúde sobre tais substancias. Nesses países, é um consenso que o número de usuários diminuiu tais como o número de prisões.    Considerando a violência resultante da atual política de substancias entorpecentes brasileira, o Estado descriminalizar as drogas naturais, tais como os países desenvolvidos fizeram, é o caminho certo para diminuir o número de aprisionamentos injustos e seguir o conselho de Gabriel O Pensador "Apaga a fumaça do revólver, da pistola/ Manda a fumaça do cachimbo pra cachola" pois, afinal, a paz não vai ser alcançada prendendo supostos 0,02 gramas de maconha.