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Enviada em: 08/04/2019

As cidades brasileiras ao serem desenvolvidas não possuíram planejamento para o progresso adequado. A falta de ordenamento urbano, no que lhe concerne, foi responsável para o surgimento de problemas sociais, a questão das drogas, por sua vez, é um produto dessa conjunção. Desse modo, é importante analisar a eficiência da política antidrogas brasileira, na contemporaneidade. À vista disso, percebe-se falhas na sociedade, ao evidenciar: a falta de oportunidade para os negros contribui para serem arrebatados pelo crime e, a falta de isonomia nas ações, ao salvaguardarem os mais abastados.             A priori, os negros foram escravizados por três séculos, ao serem libertos não ocorreu elaborações de medidas para incluir os ex-escravos na sociedade, consequentemente, viveram à margem do desenvolvimento social. Consoante a isso, na hodiernidade, percebe-se que essa parcela da população é mais facilmente tragada pelo crime, uma vez que não estão em situação de equidade social, como consta em uma pesquisa divulgada, em 2016, pelo IBGE- Instituto brasileiro de geografia e estáticas- ao demonstrar a situação desses no mercado de trabalho, os quais são, assim, preteridos. Dessarte, a política antidroga revela as falhas da sociedade, ao evidenciar que a falta de oportunidades para os afrodescendentes, oriunda do processo histórico, fomenta para serem arrebatados pelo crime.                   Outrossim, segundo a constituição cidadã, por meio de artigos e dispositivos, explicita que todos são iguais perante a lei. No entanto, a realidade reverbera o Enigma da Modernidade, do filósofo Henrique de Lima, o qual elucida sobre a antítese gerada entre o campo teórico e ético, ou seja, mesmo havendo avanços no conhecimento, não obstante, as ações não os revelam. Nessa lógica, se insere a política antidrogas, haja vista que, os mais abastados são poupados das penalizações, acarretando, por conseguinte, a falta de isonomia constitucional nesse processo. Demonstra, dessa maneira, um gargalo que permeia o tecido social no Brasil, que é a impunidade para o rico.                   Logo, é necessário que as ONGs- organizações não governamentais- realizem palestras para as autoridades políticas. Para tanto, é favorável convidar sociólogos para contribuírem na construção de um conhecimento amplo sobre a situação dos afrodescendentes no Brasil e, por fim, haja o desenvolvimento de medidas para essa população, como ampliação de reservas de vagas em processos seletivos, a fim de que deliberem mais oportunidades e, por conseguinte, os negros não venham ser tragados pelo crime. Ademais, é imprescindível que o Poder Executivo efetive os princípios da constituição, para que os ricos sejam também penalizados quando envolvidos em crimes. Para isso, é preciso elaborar uma força tarefa, com intuito de que as medidas antidrogas sejam regidas pelo princípio da isonomia. Dessa forma, garantir-se-á a eficiência dessa política.