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Enviada em: 13/04/2019

No Brasil hodierno, a política antidrogas é vista como questão de segurança pública, isso se reflete na forma como o problema é combatido o qual, nos últimos anos, tem sido suprimir o tráfico de drogas, .Esse método mostrou-se ineficaz, visto que a solução é paliativa, pois resolve as causas secundarias, e não trata as consequências. Desse modo, mudar a maneira como é tratado o problema para uma questão de saúde pública seria mais eficaz e regularizar o consumo de algumas drogas.       Acerca dessa lógica, a ''guerra às drogas", o combate ao tráfico de substâncias ilícitas, esse método é paliativo, por diversas causas, sobretudo, pois a maioria das prisões são de “microtraficantes”, o qual agrava a superlotação nos presídios, além de não afetar o mercado bilionário das drogas. Outra consequência dessa política é a morte gerada pelos conflitos entre polícia e traficante, desde a intervenção militar no conflito no Rio de Janeiro quase 1000 pessoas morreram em ações da polícia durante os oitos meses de operação, segundo o Observatório da Intervenção, uma organização não governamental. Situação semelhante ao do México que desde de 2007, onde o exército começou a combater o narcotráfico ocorreram quase 200 mil mortes e 23 mil desaparecidos.       Nesse contexto, é mais eficiente a resolução das causas que leva a pessoa à dependência química e o tratamento aos que estão nessa realidade. Em relação a primeira, é fundamental, sobretudo, a educação e a regulamentação do consumo dessas drogas, pois instrui sobre os riscos do uso de substâncias químicas, principalmente, na juventude, visto que a desinformação associada ao exemplo familiar pode levar o jovem a experimentar determinada droga. Além disso uma regulamentação garanti um melhor acompanhamento por parte do governo da origem e do destino da droga usada pela população, como desestrutura o tráfico de drogas. Já em relação a segunda a mudança da questão para saúde pública garanti um melhor tratamento para os dependentes químicos, pois serão vistos como doentes e, assim, um tratamento seguro e gradual seria fornecido a população.            Portanto, a política antidrogas brasileira atual é ineficaz e precisa ser alterada para uma alternativa que garanta mais segurança à população. Visto isso, faz-se necessário que o Legislativo regularize o consumo de algumas drogas que não tragam riscos à saúde pública, por meio da fiscalização pelo poder público, da origem e consumo dessa droga, através de licença para a produção e comercialização, com punições para a venda a menores de 18 anos, a fim de monitorar as substâncias e desestuturar o tráfico. Ademais, o Ministério da Saúde deve garantir tratamento para dependentes químicos na rede pública, a fim de possibilitar uma recuperação mais eficaz. Somente com regularização e cuidando dos usuários o problema será resolvido.