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Enviada em: 05/06/2019

A série norte-americana "Breaking bad" relata a vida de um professor de química que por problemas financeiros decide produzir metanfetamina e envolve-se diretamente com o tráfico de drogas. Além disso, fica evidente na produção, a violência gerada e as consequências sociais e biológicas para quem consome. De maneira análoga, no Brasil, o tráfico de drogas ilícitas, não apenas sintéticas como também naturais, gera conflitos violentos entre o Estado e facções criminosas e afeta a saúde dos usuários e a sociedade ao seu redor.  Em primeiro lugar, é importante destacar que a relação do ser humano com substâncias que alterem a consciência é antiga, já que por meio de vestígios arqueológicos e registros escritos, datados da Pré-história e a Idade Antiga, fica evidente o uso em rituais religiosos e até para recreação e lazer. Porém, a Igreja Católica da Idade Média, condenou e perseguiu pessoas que consumissem determinadas drogas, e os efeitos dessa perseguição estão ainda presentes em quase todo o mundo.  Por conseguinte, são criadas verdadeiras guerras, entre facções criminosas e o Estado, pelo controle e distribuição drogas ilegais como maconha, "crack" e cocaína. Desse modo, o sociólogo Max Weber define que os governos buscam impor obediência e legitimidade por meio de uma dominação racional legal, que é a determinação de leis por uso de força física. Logo, além do problema social que é a dependência química gerada pelas drogas ilícitas, a violência criada pelo tráfico atinge diretamente a sociedade e não diminui o número de usuários.  Portanto, são necessárias medidas  capazes de mitigar essa problemática. Para tanto, o Governo brasileiro deve investir na criação de cursos de prevenção ao uso de drogas nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. De maneira que, crianças e adolescentes tenham acompanhamento de profissionais da saúde que alertem sobre os riscos e consequências das drogas para o corpo. Por meio, também da expansão de programas de reabilitação de dependentes químicos, com o intuito de que a solução deixe de ser a força física estatal - Exército e Polícias - e torne-se uma questão de saúde pública. Assim, o tráfico de drogas e o consumo perderão força.