Portugal é referência em políticas antidrogas, com uma abordagem humanista, tratando o usuário como doente, obteve resultados significativos no combate ao vício e seus efeitos colaterais, como o HIV. No entanto o Brasil segue estratégias que se mostram ineficientes, visto que não só foca apenas nos efeitos de seu uso, mas também encontra dificuldade em impedir a entrada de drogas no país. Em uma primeira analíse, é possível notar que a nova política antidrogas aprovada pelo senado em 2019, criminaliza e penaliza de forma arbitrária os usuários. As novas regras prevê a prisão de pessoas com porte de drogas independente da quantidade, levando em conta apenas a interpretação do policial além da internação involuntária precisando apenas da autorização de um agente público. Essas ações tratam o depentende químico como criminosos ao invés de ser tratado como um caso de saúde pública. Além disso, o estado investe muito recurso nos efeitos da droga e não em suas causas, que é a sua entrada ilegal no país. Segundo dados da Polícia Federal as principais fontes de entrada de drogas são Bolívia e Paraguaí e são transportadas em pequenos aviões e caminhões e o que dificulta muito sua fiscalização é o fato do país ter uma fronteira seca de 16.400 Km e 7.000 Km de costa. Isso mostra a importância em se investir em tecnologia e inteligência. Dessa forma, medidas são necessárias para resolver esses desafios. O governo federal junto ao Ministério da Saúde deve criar um novo programa antidrogas com foco na saúde pública, buscando reabilitar usuários e os proteger de doenças como HIV, usando para isso agentes municipais de saúde e áreas que o dependente químico possa encontrar assistência médica, instruções e materiais para se proteger de doenças durante o uso. Somente assim o Brasil será referência no combate as drogas.