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Enviada em: 06/03/2018

Relativo à política antidrogas brasileira, é válido salientar que ela é ineficiente, pois, prioriza a prisão de pequenos traficantes e não voltam suas forças para enquadrar na lei os grandes chefes da droga, que financiam de forma nacional o crime organizado.    Além disso, a mídia cria um esteriótipo em torno do que é um poderoso traficante: negro, baixa escolaridade, agressivo e favelado, quando na verdade, é na maioria dos casos o oposto.    Dessa forma, um grande exemplo é a cidade do Rio de Janeiro. Quando as primeiras UPP's (Unidades de Polícia Pacificadora) começaram a chegar nas comunidades, a mídia fez uma grande cobertura e tentou mostrar a ideia de que os problemas relacionados as drogas estava resolvido, visto que, os traficantes estereotipados ou estavam mortos, presos ou fugiram.    Entretanto, isso mostrou-se uma verdadeira farsa e o resultado já esta sendo visto: segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, somente em janeiro de 2018 foram mortos mais de 160 pessoas, o maior em 15 anos, devido aos conflitos entre a polícia e o tráfico.     Sendo assim, é claro que as drogas continuaram chegando as comunidades cariocas, já que, os grandes traficantes, que as importam da Bolívia e Colômbia e movimentam milhões de reais, não foram presos, nem sequer apresentados na mídia à população.    É necessário, portanto, ampliar o foco das investigações policiais relacionadas ao tráfico de drogas, priorizando os traficantes internacionais, que são os que geram mais recursos para essa atividade. Desse modo, o Ministério da Justiça deve investir mais na área de inteligência da polícia civil e federal, para que eles possuam a estrutura essencial para que possam lutar contra os grandes traficantes internacionais. Somente assim, desmantelando as figuras centrais da rede do crime organizado, irá fazer com que as drogas não cheguem aos seus consumidores finais e portanto abale as estruturas do tráfico de drogas.