O Brasil padece de mecanismos eficientes no combate ao narcotráfico, apesar de possuir leis adequadas ao contexto social e econômico. Dentre as falhas na política antidrogas citam-se a falta de fiscalização da aplicação da lei e a má distribuição dos recursos para a segurança pública. Fiscalização é o que faz a diferença entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, pois as mesmas empresas prestam serviços no Brasil e no exterior. No exterior, os serviços possuem melhor qualidade porque são fiscalizados. Dessa forma, a fiscalização tanto dos agentes públicos, no preparo da abordagem e combate aos traficantes, quanto na aplicação das leis são fatores que contribuem para a eficiência nessa luta. A má distribuição dos recursos financeiros e do efetivo das polícias é outro problema que afeta o combate eficiente à criminalidade. Por exemplo, o efetivo policial de Brasília é o equivalente ao do Rio de Janeiro, este possui 21 milhões de habitantes, aquele 3 milhões de habitantes. A criminalidade carioca é muito superior à brasiliense, além dos salários, pois ,no Distrito Federal, o soldado da polícia militar recebe cinco vezes mais que o soldado carioca. Essa política de distribuição afeta a luta contra as drogas. Diante do exposto, percebe-se que uma política voltada para promover uma maior fiscalização das leis e procedimentos dos agentes, além de uma melhor distribuição dos recursos e efetivos entre os estados conforme a taxa de criminalidade, aliada com uma isonomia salarial são medidas que podem contribuir para a eficiência no combate ao narcotráfico.