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Enviada em: 07/04/2018

A luta contra o narcotráfico é um problema social de amplitude global, cuja resolução ainda vêm sendo abordada. O Brasil especificamente, tem financiado uma política antidrogas de repressão totalmente ineficiente, evidente ao fazermos uma análise no número de dependentes químicos que não decresceu e nas mortes anuais que continuam a aumentar.       No ano de 2017, uma reportagem do jornal "El País", revelou que a violência no Brasil mata mais que a guerra na Síria. As origens do problema, estão relacionadas a um contexto de impunidade e carência na educação política brasileira, onde grande parte da população não sabe votar e como resultado temos uma péssima administração dos nossos recursos públicos.       Uma questão que pode ser levantada é "quem se beneficia com a política antidrogas?", nossa legislação penaliza dependentes químicos e traficantes de baixo poder aquisitivo, enquanto concomitantemente defende bandidos que possuem algum nível de influência, prova disso é a notícia de um filho de uma desembargadora do MS, que foi apreendido com exorbitante quantidade de drogas e armas, e foi solto. Simultaneamente a isto temos como antítese, dados que comprovam que o Brasil tem a terceira maior população carcerária.       As drogas já estão inseridas na sociedade desde a antiguidade, com finalidades, religiosas, recreativas e até medicinais. No entanto, a atual política antidrogas financia o narcotráfico, perpetuando a existência do mesmo. As drogas deveriam ser estudadas, e regulamentadas de acordo com suas devidas periculosidades, e os usuários tratados como seres humanos, nossa legislação precisa ser seriamente revisada, buscando a igualdade no julgamento, como Martin Luther King já afirmou "A injustiça num lugar qualquer, é uma ameaça a justiça em qualquer lugar".