Materiais:
Enviada em: 08/10/2018

No que se refere à eficiência da política antidrogas brasileira, é possível afirmar que apesar dos avanços ocorridos neste âmbito, o Estado tem ainda grandes desafios a serem enfrentados. Em vista disso, a Lei das Drogas, entende como entorpecentes as substâncias capazes de causar dependência no usuário e conceitua que o tráfico de drogas é um crime inafiançável. Contudo, a ausência de ações preventivas em consonância com a falha estrutural da polícia de fronteira, tornam essa problemática ainda mais difícil de ser solucionada. Mormente, é sabido que em função da política econômica desigual atuante no país, os jovens mais pobres entram em contato com as drogas ilícitas cada vez mais cedo. Por conseguinte, segundo dados do portal de notícias G1, cerca de 75% dos menores infratores realiza o consumo de drogas, evidenciando que este problema se encontra enraizado na sociedade e esquecido pelo poder público. Dessa maneira, é inadmissível que o Estado se omita diante dessa crise social em que estão inseridas milhares de indivíduos, totalmente, sem assistência médica e psicológica, sendo submetidos a condição degradante do vício decorrente da pobreza estrutural.  Sob esse viés, pode-se afirmar que a ausência de um incentivo financeiro que vise estruturar uma polícia mais forte contribui para a manutenção dessa problemática. Decerto, de acordo com Isabel, ex-diretora da Secretaria de Segurança Pública, "No Rio não se produz droga: ela entra pelas fronteiras. Enquanto não se der a devida importância às fronteiras, a torneira continua aberta", por isso é necessário que o país volte a desempenhar um crescimento econômico para que possa fornecer insumos ao policiamento militar Com isso, infelizmente, as fronteiras existentes com os três maiores produtores de cocaína do mundo: Colômbia, Peru e Bolívia, traz consequências negativas pois não há um policiamento adequado para se atentar a essa questão. A política utilizada na atualidade contra as drogas, portanto, representa uma ameaça concreta não apenas aos indivíduos diretamente envolvidos como a todos os cidadãos que, indiretamente, também figuram como vítimas de seu legado. Nesse sentido, o  Ministério da Segurança Pública deve financiar o armamento das polícias nas fronteiras brasileira,por meio de projetos contra o contrabando internacional de drogas.Espera-se, com isso, não só acabar com o comércio lucrativo do tráfico de drogas, como também diminuir o consumo deste mal.