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Enviada em: 27/06/2018

Devido à crise econômica pela qual passa o Brasil é válido salientar que esse é um problema que causa graves consequências no mercado de trabalho, pois, é nesse período que as empresas buscam enxugar suas folhas de pagamento e priorizam manter os profissionais com vasto currículo e os que ganham pouco, em detrimento dos jovens em início de carreira e que recebem um salário mediano. Esse não é um fenômeno estritamente brasileiro, mas as consequências são parecidas em muitos lugares do mundo.    Desse modo, possuir um currículo "nu", ou seja, sem nenhuma especialização, é algo bastante negativo em períodos de recessão, e isso acaba afetando os jovens que acabam de sair da faculdade, já que, as empresas priorizam polarizar os funcionários, os que ganham pouco ficam junto com os que têm grande experiência e são os mais qualificados. Isso ocorre por que os que não possuem estudos ganham pouco e desempenham funções braçais, e os mais capacitados, apesar de ganharem muito, mantém a estabilidade da empresa. Sendo assim, é o que mostra a pesquisa da OIT (Organização Mundial do Trabalho), em 2017, no Brasil, onde mais de 30% das pessoas entre 15 e 24 anos estão desempregadas, número mais que o dobro da média mundial, de 13,1%.    Todavia, apesar de estar acontecendo no Brasil, isso não é algo novo na sociedade. Muitos países europeus, como Espanha e Portugal, sofreram bastante com o desemprego da população mais jovem, por conta da crise econômica de 2008. Nesse período, de acordo com a OIT, mais de 50% da mão de obra jovem e qualificada, ficou desempregada nos países ibéricos, causando problemas iguais aos que acontecem atualmente nas terras tupiniquins.    Sendo assim, essas adversidades geram graves consequências: dificuldade de uma pessoa menos experiente conseguir um emprego, a probabilidade no Brasil é de apenas 36%, de acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), além disso, cresce a informalidade, devido à falta de empregos de carteira assinada, destituindo dos jovens diversos direitos trabalhistas.    É necessário, portanto, que o Ministério do Trabalho possa agir da seguinte forma: criar um processo de diminuição de tributação sob as empresas que possuam mais jovens nas suas folhas de pagamento. Tal medida auxiliaria na retomada do emprego para os profissionais menos experientes, já que eles seriam mais procurados pelos empregadores, e também ajudaria na redução do trabalho informal, fazendo com que aposentadoria, seguro-desemprego, entre outros direitos sejam assegurados. Isso é extremamente importante para que o futuro do Brasil esteja forte no mercado de trabalho.