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Enviada em: 26/06/2018

Durante o período da ditadura militar, a ideologia imposta nas escolas era a obediência ao regime vigente, sem proposta de pensamento crítico, para formação de uma mão de obra adequada ao modelo militar. Por outro lado, na contemporaneidade, o compromisso das escolas deve ser com a formação acadêmica de qualidade dos alunos como indivíduos críticos, visto que isso aumente as possibilidades dos alunos de conseguirem empregos. Entretanto, a falha no sistema de ensino compromete esse compromisso. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão os desafios enfrentados, hoje, no que se refere as dificuldades dos jovens de ingressarem no mercado de trabalho.      Em primeira análise, alguns professores estão mais preocupados em receber seus salários mensais, do que em desempenhar sua função de educador com qualidade, fato que pode ser comprovado pela expansão do sistema capitalista a partir do século XIX, que visa o acúmulo de lucro em detrimento das relações pessoais. Com isso, de acordo com o filósofo Paulo Freire, o ser humano é o que a educação o faz ser, logo, alunos que não são ensinados a pensar criticamente, para que isso corrobore, por exemplo, com melhores formulações de respostas em entrevistas de emprego, acabam se tornando desvalorizados em relação aos mais críticos. Além disso, as disciplinas mal ensinadas, sem dinâmica de aprendizagem, levam os alunos a terem desinteresse pelas matérias, dessa forma, não se desempenham em aprendê-las o que, consequentemente, fará com que eles possuam boletins com notas ruins interferindo na obtenção de um diploma de qualidade, com efeito negativo na concorrência por um trabalho.      Ademais, junto as consequências da falha do sistema de ensino, algumas empresas não oferecem um período de experiência para os jovens de modo que eles possam provar seu potencial, mas preferem contratar pessoas que já tiveram experiência na área. Fato que pode ser comprovado pela pesquisa do Ipea onde a probabilidade de uma pessoa conseguir um emprego sem nunca ter trabalhado é de 26% contra 50% de quem tem experiência . Além disso, outra análise feita pelas empresas são os diplomas universitários que tem bastante influência na hora de uma contratação, entretanto, pela desigualdade social, muitos jovens não tem acesso a universidades particulares e, pela dificuldade dos vestibulares de faculdades públicas, as vezes não conseguem ingressar.   Destarte, é necessário que haja mudanças no sistema educacional nacional. Para isso, as escolas devem efetivar melhorias no sistema de ensino. Com isso, agindo por meio das práticas em sala de aula, como por exemplo, a contratação de professores adequados que desenvolvam uma dinâmica para ensinar, haverá uma maior preparação dos alunos para o mercado de trabalho.