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Enviada em: 27/06/2018

Com o advento da Revolução Técnico-científica, devido à introdução de novas tecnologias e demanda pela especialização nas profissões, houve o aumento dos desafios de ingresso no mercado de trabalho pelos indivíduos da sociedade brasileira. No contemporâneo, é possível afirmar que os jovens encontram dificuldades em sua inserção no mercado de trabalho do Brasil. Nesse sentido, convém analisar as principais causas do problema.    É indubitável que a falta de acesso à educação e especialização, a qual parte dos jovens brasileiros sofrem, seja um intensificador do impasse. Ainda que o Governo realize investimentos voltados não só à educação como também à disponibilidade de especialização gratuita, não há a resolução do problema social, uma vez que muitos jovens enfrentam dificuldade no acesso a tais direitos. Isso ocorre porque a aplicação do investimento em educação não chega a todos os indivíduos e municípios do Brasil. Segundo Monteiro Lobato, um país se constrói com homens e livros. No entanto, sob perspectiva de Lobato, importante escritor brasileiro, a falta de acesso a tais direitos, tendo em vista a influência da especialização no processo de inserção no mercado de trabalho, provoca, infelizmente, a permanência do impasse e, por consequência, não contribui para a formação social do Brasil.    Além disso, a presença de baixa formação da inteligência emocional de parte dos jovens brasileiros, tristemente, contribui para a permanência da problemática. Tal fato ocorre pois, no exercício do trabalho, é necessário não apenas a formação disciplinar e especializada, mas também o cognitivo e o emocional preparado. De acordo com Darwin, cientista autor da teoria da "Seleção Natural'', sobrevivem os seres que são mais adaptados ao ambiente em que estão inseridos. Nesse aspecto, a frase do biólogo, a qual retrata sobre a aplicação da seleção natural, pode ser usada para uma analogia ao cenário trabalhista competitivo do Brasil, no qual os jovens que não obtêm o requisitado preparo cognitivo e emocional acabam por, lamentavelmente, estarem suscetíveis ao desemprego.    Medidas são necessárias, portanto, para que haja a maior integração dos jovens no mercado de trabalho brasileiro. Desse modo, cabe ao Governo, por meio do Ministério da Educação realizar melhores investimentos na formação educacional da população brasileira a partir da criação de novas escolas de especialização públicas em amplos segmentos trabalhísticos. Essas escolas deverão não só estar localizadas de forma homogênea nas cidades brasileiras, como também deverão ter a participação de psicólogos contribuintes para a preparação cognitiva e emocional dos indivíduos brasileiros. Espera-se, com isso, a melhor preparação dos jovens frente às demandas dos cargos de trabalho e, por consequência, a diminuição das dificuldades no ingresso ao mercado de trabalho.