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Enviada em: 28/06/2018

Criada no governo do presidente Getúlio Vargas, a CLT representou um grande avanço para classe trabalhadora brasileira. O fato é que, isso não significou a resolução de todos os problemas, pois, ainda no hodierno, as jovens enfrentam grande dificuldade de se inserirem no ramo laboral, impasse esse que decorre, principalmente, da falta de capacitação dessa população, bem como da falta de medidas de inclusão.        À princípio, é importante frisar que, a educação de qualidade é essencial para a inserção trabalhista. Entretanto, em razão do ensino precário oferecido pelo Estado - isso, devido à falta de políticas públicas que proporcionem melhorias -, parte da população não desfruta desse recurso, o que contribui diretamente para a má formação educacional dos adolescentes menos favorecidos, assim como, para a evasão escolar, fatores esses que impedem que a juventude ingresse, futuramente, no ensino acadêmico e, por conseguinte, seja excluída do ramo laboral, que exige cada vez mais especializações, formações técnicas e superiores. Consoante à dados do IBGE, no terceiro semestre de 2017, apenas 25% dos jovens desempregados conseguiram adentrar no mercado de trabalho, o que demonstra a forma como a questão alarma.        Convém ressaltar que, junto a educação de qualidade, é importante que existam mecanismos efetivos de inserção para a juventude. Apesar de programas de inclusão terem sido criados, como o "Jovem Aprendiz", esse não tem se mostrado eficiente, pois, ainda que ofereça empregos aos jovens, não são empregos promissores, pois são por tempo determinado. Além do mais, as empresas não oferecerem qualificação ao funcionário, nem planos de carreira que possibilitem crescimento profissional. Dessa forma, é perceptível a ineficiência desse sistema, má medida em que após o término do mesmo, os "beneficiados" voltarão ao posto de desempregados, tendo de lidar novamente com a falta de capacitação e com as diversas exigências contratuais.        Diante das situações expostas, torna-se evidente a necessidade de intervenção. Portanto, é imprescindível que o Estado insira os jovens no mercado de trabalho, isso através por meio da oferta de ensino de qualidade, bem como - junto ao Estatuto da Juventude -, a criação de programas, nos quais, em parceria com empresas privadas e órgãos públicos, sejam criadas vagas especiais para aqueles que nunca trabalharam, sendo oferecido também, por parte dos contratantes, oportunidades de crescimento interno empresarial, bem como, a oferta de qualificação por meio de cursos profissionalizantes, para que assim, esses quando enfim estiverem empregados, tenham oportunidades de progressão profissional. Seguindo essas medidas, a questão será, por fim, superada.