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Enviada em: 13/07/2018

Na Revolução Industrial do século XVIII, o jovem foi forçado a assumir o papel de operário nas industrias inglesas. Hoje,no Brasil,os papéis se inverteram- comparados com a Inglaterra da época- e são eles que estão na ofensiva. Porém, encontram dificuldades e os grandes vetores responsáveis são: a procura por profissionais com mais rodagem e a própria inexperiência dos mesmos. São nítidos os entraves  para que ingressem no mercado.     É válido considerar,antes de tudo,os requisitos cobrados pelo próprio mercado de trabalho. Na atualidade, não se procura apenas um profissional gabaritado para realizar o ofício, mas sim um gestor de situações. Em outras palavras, alguém que tenha conhecimento prévio para administrar  qualquer tipo de tensão ou problema que possa surgir. Isso ocorre, uma vez que, dentre outras coisas, os menos experientes não têm um domínio absoluto de suas emoções e acabam por sucumbir à pressão.     Cabe apontar, também, que a falta de controle sobre o lado emocional está diretamente associada à inexperiência dos jovens. Tal fato se deve, visto que não há uma inserção por completo da mão de obra em sua forma de diamante bruto ou, simplesmente, o processo para inclusão dos mesmos é totalmente lento. Zygmunt Bauman afirmou que "vivemos tempos líquidos e nada é para durar", desse modo um sistema que perdura por anos visando,exclusivamente, a experiência e exclui futuros potenciais das áreas de serviço precisa, imediatamente, ser corrigido.      Fica claro, portanto, a necessidade de criar meios que possibilitem o ingresso do jovem nas vitrines trabalhistas. Para isso, o Ministério do Trabalho deve estruturar uma política que tornem iguais as chances de qualquer trabalhador. Criando um sistema de cotas, reservado apenas para o público que ainda não conseguiu fichar a carteira profissional pela primeira vez. As mídias também devem se fazer presente, participando na disseminação da informação sobre tais benefícios e a importância do MTE, através de propagandas e campanhas nas redes sociais, sites e demais plataformas que visem esse grupo específico. Para que, enfim, os jovens possam construir suas carreiras profissionais podendo escolhê-las e serem escolhidos, tomando um final diferente daquele que tiveram os ingleses do século XVIII.