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Enviada em: 01/07/2018

A garantia de um país democrático, dotado de artefatos que garantam promover a real inclusão social, é indispensável ao desenvolvimento da cidadania plena. Assim, promover uma integração mais efetiva dos jovens no mercado de trabalho, com acesso amplo, tornou-se dever governamental. Todavia, lamentavelmente, os atuais processos que versam a respeito da integração desses indivíduos no ingresso ao trabalho são ineficazes, uma vez que ainda é perpetuada na sociedade a ideia de que esses seres não possuem a experiência adequada.       Partindo-se do princípio aristotélico de que os indivíduos de uma sociedade são seres políticos - conceito expresso pelo termo Zoon Politikon - torna-se clara a urgência de se assegurar os direitos sociais. Assim o desenvolvimento e a implementação de ferramentas para fomentar a inclusão social dos jovens deve ser almejado a todo custo pelo governo brasileiro. Por isso, é indispensável uma releitura do modelo educacional vigente, já ultrapassada e pouco eficiente no que se refere ao ingresso no mercado. Afinal, é evidente a dificuldade enfrentada pelos jovens de ser aceitado nas suas entrevistas de emprego, já que passam suas vidas nas escolas e não recebem instrução para esse momento tão significativo. Dessa forma, fica claro que os investimentos do poder público brasileiro não foram - e ainda hoje não são - satisfatórios para assegurar esse passo na vida da juventude.        O atual cenário dos países em desenvolvimento permite notar um decréscimo no que se refere à disponibilidade de empregos aos jovens semiqualificados, se comparado ao início das indústrias nesses países. Isso se deve ao fato de que, depois do surgimento do Toyotismo, não interessa ao mercado implementado nestes países uma mão de obra com essa característica, uma vez que o modelo produtivo vigente é extremamente especializado. Dessa maneira, percebe-se a importância do poder público na superação dos mitos e adversidades geradas pela falta de ingresso da juventude no mercado.        Portanto, fica evidente que é de suma importância a adesão desses jovens às empresas. Para romper com os mitos que rodeiam esse assunto, é necessário que o Estado, representado pelo Ministério do trabalho, e aliado às empresas aumentem os números de programas como o Jovem Aprendiz, com o intuito de passar experiência a esses seres. Além disso, cabe ao Ministério da Educação adicionar às bases curriculares do Ensino Básico brasileiro disciplinas que visem o direcionamento desses jovens a situações que vão de encontro ao primeiro emprego, por meio de estágios obrigatórios. Espera-se, com isso, que essa adversidade seja mais uma "pedra" historicamente e socialmente desconstruída.