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Enviada em: 02/07/2018

Brás Cubas, autor-defunto do romance "Memórias Póstumas" de Machado de Assis disse que, não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Quiçá, ele estivesse acertado sua decisão, afinal, é incabível que em um país em desenvolvimento, os jovens provedores do futuro da nação, sejam tratados com inaptidão e abalizados como inábeis pelo mercado de trabalho brasileiro, seja pela recessão econômica que se estende no país, seja pela inoperância educacional na formação de jovens qualificados.   Mormente, é preciso avultar que os óbices enfrentados pelos jovens na inserção no mercado de trabalho efetua-se sobretudo pela ineficácia estatal perante a escassa qualidade de educação ofertada aos estudantes, porquanto, conforme o senso de Émile Durkheim, a educação tem por objetivo a suscitação e o desenvolvimento de estados físicos e morais do indivíduo que são requeridos pela sociedade. Sob essa ótica, os ambientes escolares compõem a essência da formação cidadã do indivíduo, todavia, a preparação dos jovens para o mundo competitivo dos meios trabalhistas é pouco efetivada, à custa da prossecução de padrões mínimos exigidos pelas empresas, assim como, pela falta de cursos técnicos nos centros escolares para a introdução dos estudantes no mercado de trabalho, suscitando no desemprego, maiormente a meio de pessoas entre 18 e 24 anos.  Convém mencionar que, a recessão econômica que o Brasil enfrenta hodiernamente, está entre a causa do revés enfrentado pelos jovens para o ingresso no mercado de trabalho, posto que, a demanda por parte das empresas faz-se cada vez mais competitiva e exigente, pois, consoante o raciocínio de Edmund Burke, a economia é uma virtude equitativa e embasa-se não em poupar mas em escolher, dessarte, as instituições priorizam aqueles que possuem experiências e uma mor aptidão para exercer o cargo, por conseguinte, minimiza as possibilidades de introdução desse grupo nos meios trabalhistas.  Diante dos fatos supracitados, é impreterível que a Escola promova a formação de cidadãos preparados e aptos por intermédio de palestras e debates a respeito desse tema, através de díspares profissionais, com o intento de coadjuvar os jovens sobre os o funcionamento do mercado trabalhista, bem como, a disponibilização de cursos técnicos voltados para o padrão profissional para um melhor preparo dessa geração. Outrossim, o Estado deve ampliar o Programa Nacional de Inclusão de Jovens, para uma maior inserção desses cidadãos, tal como, uma melhor capacitação dos profissionais nos institutos com o fito de aperfeiçoar o ensino ofertado aos estudantes e para atenuar a exclusão desse grupo nos meios trabalhistas. Somando-se a isso, é preciso de ações midiáticas com o desígnio de salientar a importância do jovem para o avanço do país, criando uma nação que Brás Cubas prezaria.