Materiais:
Enviada em: 05/07/2018

De acordo com o Instituto Nacional de Geografia e Estatística, a população economicamente ativa é aquela que está inserida no mercado de trabalho ou que está procurando se inserir nele. De certa forma, os jovens que saem do ensino médio ou da faculdade formados estão nesse cenário definido pelo IBGE, porém, nos dias atuais, a busca por um ofício formal está sendo um desafio para esses sujeitos, pois, com a crise de recessão que o Brasil enfrentou em 2016, as empresas tornaram-se cada vez mais exigentes e o número de pessoas por vagas de emprego continua em ascensão.     Primeiramente, é válido afirmar que, dados divulgados, em 2017, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mostram que 57% das pessoas entre 18 e 24 anos estão desempregadas há mais de 1 ano. Tal cenário corrobora a dificuldade que os jovens passam na busca por um emprego, uma vez que, as empresas, buscando aumentar a produtividade, dão preferência para indivíduos que já tenham tido experiências. Diante do exposto, como exemplo, ainda segundo o IPEA, pode-se citar que a probabilidade de um desempregado entre 15 e 24 anos que já tenha trabalhado conseguir ser contratado é de 56%, enquanto que 36% são àqueles que estão à procura do primeiro ofício.       Sob essa ótica, uma característica do cenário atual capitalista é o avanço do setor terciário. Muitos jovens estão buscando os trabalhos informais como alternativa, porque, com o processo de globalização, as legislações trabalhistas estão mais flexíveis, permitindo um maior avanço dos setores de serviços. Entretanto, tais ocupações não garantem para a maioria desse grupo social uma vida estabilizada e saudável. Desse modo, um cidadão que depende dos fenômenos da natureza para obter capital, por exemplo, terá que sempre contar com os imprevistos. Sendo assim, fica evidente que consequências sociais podem surgir, como, o aumento da criminalidade, pois alguns indivíduos acabam enxergando o tráfico como uma saída para a melhoria de vida.       Fica claro, portanto, que o Ministério do Trabalho e o da Educação deveriam fazer uma parceria a fim de oferecer cursos técnicos gratuitos nas cidades, este poderia contratar mais profissionais para o processo pedagógico mediante licitações, e aquele atuaria realizando o procedimento de busca por estágios, com o apoio das empresas privadas, para os tecnólogos, pois, assim, os indivíduos estariam mais capacitados para o mercado de trabalho. Além disso, é cabível que as organizações não governamentais façam campanhas de conscientização, por meio de ajuda das prefeituras, disponibilizando locais para palestras e conferências, com o intuito de mostrar para os jovens desempregados que o caminho da criminalidade não é uma alternativa para tal problema, exibindo as consequências que sofrem os criminosos.