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Enviada em: 07/02/2019

A crise financeira mundial trouxe consequências para o Brasil,uma delas foi a diminuição de postos de trabalho formal e, por conseguinte,elevados índices de desemprego principalmente entre os mais jovens,pois as empresas preferem contratar ou manter funcionários  mais experientes ao invés de ceder à oportunidade aos aspirantes trabalhadores. Além disso, a burocracia e a rotina do mercado de trabalho geralmente não condiz com as expectativas e características da mão de obra moderna. Dessa maneira, os que buscam oportunidade do primeiro emprego logo se frustram e, por isso, seguem para o mercado informal. Logo, isso,é traduzido nas estatísticas elevadas de jovens desempregados no país.        Nesse cenário,a fim de amenizar a crise de desemprego entre essa faixa etária,muitas empresas de recrutamento abrem vagas para iniciantes, como é o caso do programa jovem aprendiz e também dos estágios remunerados. Contudo, poucos são os incorporados ao mercado depois de encerrado o contrato. Segundo os responsáveis pelos setores de recursos humanos, isso ocorre devido à instabilidade emocional e à inadaptação destes a cargos que requerem maturidade e experiência. Dessa forma, inobstante esses programas sejam de extrema importância, pois possibilitam o acesso desse público a vagas no setor formal,porém, não são o bastante para manter essa mão de obra alinhada aos objetivos do mercado.       Além disso, é importante entender a mudança de postura e perspectiva das novas gerações, porque consoante ao sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman é uma sociedade líquida, em contraste com a  anterior à Guerra Fria que era, segundo ele, uma sociedade sólida. Assim, a diferença entre elas é que a primeira tem dificuldade em pensar a longo prazo e prefere meios de relacionamentos mais flexíveis e não vincula o trabalho árduo à satisfação pessoal. Em contrapartida, a segunda, é focada em metas,rotina e pouco flexível, sendo por isso mais incorporadas ao setor empresarial. Por isso, apesar de conectados e informados, os jovens não se encaixam ao modelo ainda estabelecido pelo mercado formal. Logo,estes ou permanecem desempregados, ou seguem para a informalidade porque vislumbram nela a possibilidade de mais liberdade para pôr suas potencialidades em prática.       Portanto, o meio de trabalho formal é um desafio para o jovem, com o fito de facilitar esse processo é necessária a atuação das esferas governamentais em parceira com as empresas públicas e privadas, aumentando a disponibilidade de escolas técnicas com convênio de estágios mais longos para que esses jovens melhor se adaptem,é necessário também o debate e o entendimento dos novos desejos da juventude pelo mercado para que não seja desperdiçado um profissional apenas poque ele não se alinha ao modelo retrógrado das empresas.Assim,a liquidez jovem seria  incorporado à formalidade.