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Enviada em: 23/07/2018

Ingressar no mercado de trabalho nunca foi uma tarefa fácil, sobretudo para os jovens, que carregam consigo inexperiência e, ainda que com um diploma de ensino superior, baixa qualificação. Esses dois fatores em conjunto corroboram para tamanha dificuldade de inserção.     Partindo desse pressuposto, as empresas, em receio de afetarem a sua produtividade, optam pelos mais experientes, o que coloca o jovem à margem do mercado de trabalho. Soa contraditório exigir experiência daqueles que buscam justamente nesse ingresso ao mercado, obtê-la. Além disso, esse empecilho acentua de forma considerável a geração canguru, por meio da qual os jovens demoram cada vez mais a adquirir estabilidade e por isso preferem permanecer com os pais, o que faz alusão ao mamífero, que continua com o seu filho no marsúpio até que ele esteja apto para a vida adulta, por isso a nomenclatura geração canguru.     Outrossim, a baixa qualificação, mesmo que com a adesão ao ensino superior, é fator determinante para o problema. A metodologia das instituições superiores possue falhas, uma vez que pouco contribui para a formação ética e moral do jovem, já que, por vezes, repassa um conhecimento prolixo, mecanizado. E em virtude disso, os jovens tendem a buscar cada vez mais especializações, visando saisfazer as exigências desse mercado, o que dá margem para acentuar cada vez mais a desigualdade, já que os jovens de classe média alta dispõe de recursos para esse aprimoramento, e os de classe baixa, por vezes, não. Sendo assim, o padre Ântonio Vieira é conciso ao afirmar que a boa educação é moeda de ouro, em toda parte tem valor.     Dessa forma, medidas devem ser postas em ação para a resolução do impasse. É necessário, portanto, que o Ministério da Justiça sancione uma lei que assegure, pelo menos, 25 % dos cargos das empresas aos jovens, sob pena de multa caso haja o descumprimento, uma vez que por intermédio dessa ação, uma gama maior de jovens estaria inclusa no âmbito profissional, o que diminuiria consideravelmente os altos índices de desemprego. Ademais, as instiuições educacionais devem promover um viés diferente em relação a metodologia de ensino, não preocupar-se apenas com o conteúdo programático, mas promover uma capacitação aquém disso, por intermédio de estágios, conferências, projetos interdisciplinares, fatores que promovam o exercício da criatividade e os levem a uma capacitação como cidadão também. Esses aspectos em conjunto promoveriam a formação de um profissional capacitado em todos os âmbitos, o que o tornaria apto para o ingresso a esse mercado altamente competitivo.