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Enviada em: 13/07/2018

Apesar de todos os esforços por equidade, a realidade em torno das dificuldades dos jovens ingressarem no mercado de trabalho permanece paradoxal e caótica. A Constituição Cidadã, alicerce da democracia brasileira, é uma utopia diante da falta de oportunidade e incentivo para os jovens  no mercado. Desse modo, faz-se relevante a análise de duas vertentes  fundamentais: o amadorismo pertinente e a solidariedade orgânica.        Circunscrita a essa realidade, o esfacelamento das bases sociais e econômicas é evidente na proliferação das crises de representatividade em torno do amadorismo pertinente. Segundo Sérgio Buarque de Holanda, sociólogo e historiador brasileiro, a sociedade é formada por arranjos incompletos que atacam as consequências e não as causas, corroborando para acentuação dos problemas. Infelizmente, esta é a realidade, no Brasil, por falta de planejamento os jovens são submetidos a exercerem trabalhos fora da área de formação, pois o Estado garante apenas o ensino e não o emprego.        Nesse mesmo viés, vem à tona a ideia da solidariedade orgânica proposta por Émile Durkheim, sociólogo e filósofo francês, que define trabalho como um novo mecanismo de integração e vital para o funcionamento do sistema social. Mas, lamentavelmente na prática esse conceito não é aplicado, as empresas preocupam em empregar quem já possui experiência e exclui aqueles que querem aprender. Assim as garantias do Welfare State são substituídas por descaso e pela ruptura com o bem-estar social.        Portanto, o Ministério da Educação deve investir em empresas júnior nas universidades, com o objetivo de fomentar o aprendizado prático universitário na sua área de atuação. A fim  de preparar os jovens para o mercado de trabalho e torna-los mais maduros e com o conhecimento aguçado para o empreendedorismo, reduzindo assim dificuldades para engressar no mercado de trabalho.