Materiais:
Enviada em: 16/07/2018

A um jovem aprendiz   ''Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua": esse verso do poema parnasiano " A um poeta " escrito por Olavo Bilac descreve a elaboração do texto. De modo análogo é a ambição das pessoas em busca do primeiro emprego e, por consequência, do primeiro salário, alcançando, assim, a tão sonhada independência dos pais. Porém, esse não é o cenário presenciado por muitos brasileiros do século XXI. Nesse sentido, convém abordar algumas causas que conduziram o Brasil a ser um dos países com as taxas de desemprego mais elevadas.   Em uma primeira instância, é indubitável que as empresas, preocupadas com o lucro, empregam àqueles que possuem mais habilidades. Consoante dados coletados pela USP, em 1960, 73% dos trabalhadores tinham, no máximo, três anos de estudo, ou seja, não terminaram nem a primeira parte do ensino fundamental. É visto que esse número mudou, chegando a vinte por cento em 2010, só que a cultura da negligência ao estudo passou de pai para filho, o que fez com que muitas pessoas tenham diploma, mas careçam de conhecimento. Nesse viés, a maioria dos patrões, ao escolher entre um adulto e um jovem, ambos com a mesma qualificação, prefere o mais velho, já que possui, pelo menos, a experiência.   Além dese primeiro aspecto, vale salientar que os adolescentes, em geral, apresentam características desagradávei ao mercado de trabalho. A saber, a famigerada geração y, nascidos entre o fim da década de 70 e o início da de 90, são conhecidos pela sua instabilidade. Nesse ínterim, o pior fator do desemprego é a falta de competência por parte da juventude. Em outras palavras, o descumprimento com os horários e ganância em conseguir uma promoção rápido são defeitos que atrapalham na aquisição do emprego.   A questão das dificuldades na inserção da juventude no mercado de trabalho, em suma, é emergencial, sobretudo no Brasil, um país tão defasado no que concerne à educação de qualidade. Em face disso, dez por cento das vagas de cada empresa deve ser oferecida a um aprendiz, a fim de que haja mais oportunidades à aquisição do primeiro emprego. As escolas e as universidades, por sua vez, devem proporcionar aulas ministradas por psicólogos para que estes ensinem aos alunos terceiranistas ou universitários as qualidades procuradas no mercado de trabalho, fazendo com que eles a tenham.