Enviada em: 16/07/2018

Segundo o filósofo Platão, o começo é a parte mais difícil do trabalho. De maneira análoga, a dificuldade de inserção dos jovens no mercado de trabalho, infelizmente, ainda é um problema que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela discriminação das empresas, seja pela ineficiência das escolas e universidades para prepará-los ao ramo laboral.        Convém ressaltar, a princípio, que as instituições de trabalho segregam os adolescentes na hora da contratação, por associar sua juventude com imaturidade e inexperiência. Outrossim, percebe-se que esse preconceito predomina quando trata-se do sexo feminino e negras. Justifica-se isso pelos dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), os quais apontam que o índice de desemprego das mulheres negras alcançou, em 2014, 25%, superando os das mulheres jovens brancas (19,9%). Logo, isso, só revela como o desemprego é desigual quando se trata de gênero e raça, tornando-se empecilho para o alcance da cidadania entre os jovens.     Ademais, é valido lembrar que as instituições de ensino têm uma parcela significativa de responsabilidade nessa estatística; com grades curriculares defasadas ensino voltado para bom desempenho em avaliações, assim, afastando do ensino as técnicas de empregabilidade, como proatividade, boa comunicação e capacidade de relacionar-se em equipe, acentuando a problemática. De acordo com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísticas (IBOPE) de 2013, apenas 13% dos jovens acreditam que as escolas preparam para inclusão no mercado de trabalho.        Conforme Eça de Queiroz, a igualdade é, de certo, a maior evidência de civilização. Destarte, o Ministério da Educação deve inserir no currículo pedagógico de ensino médio matérias destinadas a aguçar a proatividade, oratória e empreendedorismo . Além disso, levar especialistas do SEBRAE para palestrar semanalmente nas instituições de ensino sobre as atualizações das profissões. Como também o Estado incentivando as empresas privadas, através de benefícios ficais, a absorverem os jovens em estágios. Assim  a igualdade dita por Eça de Queiroz seria alcançada.