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Enviada em: 19/07/2018

O período da industrialização no Brasil produziu uma brutal transformação das estruturas econômicas e sociais , promovendo a inserção de muitas pessoas no mercado de trabalho, sobretudo os jovens. Nesse contexto, hoje, observa-se uma realidade contrária a do século XX , em razão da população juvenil brasileira encontrar impasses para possuir seu primeiro emprego. Dessa forma, as causas da dificuldade dos jovens de se inserirem no mercado é o despreparo das faculdades e a falta de ofertas de trabalho.   Em uma primeira análise, cabe comentar que o despreparo das universidades suscita a problemática. Essa assertiva é comprovada quando verifica-se que esta não estimula a capacidade profissional do aluno e a constante atualização das novidades do mercado de trabalho, em virtude da grade universitária ser baseada numa perspectiva instrucionista que estabelece um sistema de aprendizagem mecânica , por meio da cópia e da reprodução. Consequentemente, os recém-formados deixam o meio acadêmico desprovidos de experiência e enfrentam dificuldades para conseguirem empregos , em razão da falta de preparo deste para lidar com adequação ao mercado do mundo globalizado. Sob esse prisma, o filósofo José Arthur Gianotti afirmava que a educação , além de formar o indivíduo para o convívio social, deve preparar este para o meio laboral , o que contraria a realidade brasileira quando observa-se a realidade do ensino brasileiro.  Além disso, a escassez de ofertas de trabalho privilegia a manutenção de tal cenário. Esse fato é justificado pelo aumento da população não ser proporcional a quantidade de oportunidades laborais , em virtude da falta de políticas de geração de empregos. Com efeito , o mercado se torna mais competitivo e segregacionista , em detrimento deste exigir uma qualificação profissional que apenas as classes sociais mais favorecidas possuem acesso. Sob essa ótica, segundo a teoria demográfica Reformista, as políticas que garantem as necessidades básicas ao indivíduo , a exemplo das laborais, devem acompanhar o crescimento populacional , o que contraria a realidade brasileira , quando verifica-se a desproporcionalidade de tal relação.   Torna-se evidente , portanto, que os jovens encontram empecilhos para ingressarem no mercado de trabalho. Desse modo, o Ministério Da Educação deve modernizar o ensino universitário , por meio da modificação da grade , incluindo tecnologias e as novidades difundidas no meio acadêmico , com o intuito de preparar os indivíduos para o mercado contemporâneo. Somado a isso, o Estado deve beneficiar os pequenos e grandes empresários , por meio da concessão de subsídios, para estimular o desenvolvimento comercial, com o intuito de gerar ofertas de empregos.