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Enviada em: 20/07/2018

No capitalismo, o trabalho é caracterizado por dignificar o povo. Entretanto, de acordo com Milton Santos, na verdade, esse sistema econômico é perverso e tem como um dos problemas crônicos o desemprego. Nesse desafiador cenário, encontra-se, principalmente, a maioria dos jovens brasileiros, o quais, devido à preferência das empresas pelos trabalhadores com mais experiência e com novos diferencias, passam por dificuldades para ingressar no mercado.                                                                     Em primeiro plano, segundo Karl Marx, as empresas capitalistas buscam sempre aumentar a produtividade para crescer a mais-valia, ou lucro. Nesse contexto, elas preferem pessoas com mais experiência de mercado, ou seja, que já tiveram um emprego antes. Isso ocorre, pois, com isso, a chance de erros diminui, o que tende a aumentar a lucratividade. Prova desse difícil cenário, de acordo com o Ipea, é que a chance de um jovem ter o seu primeiro emprego é cerca de 70% menor que um adulto, que já prestou serviço antes.                                                                                                     Outrossim, a procura por diferenciais também tornou-se uma dificuldade para esses púberes. Isso ocorre, porque, com o aumento do número e da facilidade de entrar numa escola de ensino superior, o jovem hodierno, em sua maioria, fez uma faculdade. Nesse ínterim, as empresas buscam também por novas habilidades, como formação em inglês, informática, especializações e, inclusive, maior controle emocional. Dessa forma, fica claro o quão competitivo encontra-se o mercado e, por isso, a busca, pelas empresas, por novas individualidades se faz presente.                                                                         Fica claro, portanto, que os jovens enfrentam dificuldades para ingressar no mercado. Para haver mudança, é papel do MEC implementar, por meio de parcerias com as faculdades, cursos nesse locais, como de inglês, informática e yoga, a fim de que esses jovens possam sair mais bem preparados para o emprego. Ademais, cabe a mídia, junto com os púberes, produzir campanhas engajadas que mostrem às empresas as potencialidades deles, através de casos reais daqueles que estão em busca do primeiro emprego, com o fito de sensibilizar os estabelecimentos que buscam novos trabalhadores. Assim, o capitalismo perverso - real - de Milton Santos dará lugar a uma nova possibilidade: em que todos tenham chances de ter o seu emprego.