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Enviada em: 20/07/2018

Parafraseando Confúcio, “Se queres prever o futuro, estuda o passado”, o desemprego enfrentado pela população jovem não é um problema contemporâneo. Diante da crise econômica na década de 80, que assolou a América Latina, tendo grande influência no Brasil, a população jovem se viu na obrigação de complementar a renda familiar. Diante disso, surgiu a necessidade da busca de emprego. De maneira análoga, hodiernamente, observa-se que mesmo após avanços tecnológicos e educacionais o quadro de iniquidade persevera, refletindo diretamente na sociedade, seja pela falta de experiência ou pelas exigências cada vez maiores em relação à formação acadêmica necessária.        É axiomático que a falta de experiência é fator determinante para essa ocorrência. Não podemos deixar de citar que as empresas, em sua maioria, acabam dando preferência para a contratação de pessoas que já tenham exercido algum tipo de atividade remunerada. Conforme dados levantados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) durante os anos de 2006 a 2016, a população composta por jovens de 15 a 25 anos à procura de emprego era três vezes maior do que a de pessoas com idade entre 25 a 65 anos.        Cabe salientar, outrossim, que além da inexperiência, as exigências referentes à formação acadêmica necessária também estão entre as causas da manutenção do problema. As empresas, aliás, passaram a exigir um currículo mais completo, porém, a remuneração não condiz com o que seria de fato o valor pago a pessoas maiores de 25 anos, em detrimento de jovens. Vale ainda ressaltar, que os jovens em grande parte possuem um maior domínio da tecnologia para utilizar a favor da empresa, o que pode vir a ser considerado como um diferencial nos dias de hoje.        Diante dos fatos aludidos, faz-se necessário que sejam tomadas ações que tenham como objetivo a resolução deste impasse. Cabe ao Ministério do Trabalho, juntamente a escolas e ONGs, o dever de promover cursos de capacitação para jovens, com o intuito de aumentar sua aceitação no mercado de trabalho. Podemos acrescentar também a criação de subsídios, como por exemplo a isenção de impostos, às empresas que tiverem políticas de contratação de jovens que buscam o primeiro emprego, sendo uma maneira de incentivar a aprendizagem dessa parcela da população. Sendo assim, o exposto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, assegurando o direito ao trabalho com condições justas e favoráveis será cumprido, sanando, desta forma, o problema de desemprego enfrentado pelos jovens.