Materiais:
Enviada em: 21/07/2018

Apesar do nível de qualificação ser ímpar entre os jovens brasileiros, isso parece não ser suficiente para diminuir as dificuldades de seu ingresso no mercado de trabalho. Dados de uma publicação recente do Instituto de pesquisas Econômicas Aplicadas mostram que a colocação e a recolocação de jovens no mercado de trabalho são difíceis, sendo que apenas 25% de jovens conseguem recolocação e 57% ficam desempregados por muito tempo.       As dificuldades enfrentadas levam muitos jovens ao trabalho informal ou de baixa qualidade. Além propiciar frustração, isso tende a piorar as condições para entrada no mercado formal, uma vez que limita o aprimoramento profissional e a aquisição de alguns níveis de experiência. Dados da Pesquisa Mensal do Emprego realizada entre 2006 e 2012, mostram que é de 21% a probabilidade de um jovem que nunca trabalhou ingressar no mercado informal, contra 15% de ingressar no mercado formal. É uma disfunção que precisa ser tratada antes que efeitos negativos, como o abandono dos estudos, se consolidem na sociedade.        Os números mostram que fragilidades no cenário econômico aumentam as dificuldades dos jovens no mercado de trabalho. Em um contexto de crise como o que o Brasil vive, os empregadores tentam otimizar o desempenho de seus negócios recorrendo à experiência dos mais velhos. Assim os jovens perdem com facilidade os empregos e as oportunidades de adquirir experiência prática, estabelecendo de vez um ciclo vicioso de dificuldade para a conquista de um bom emprego.       É necessário que o governo adote medidas para incentivar e proteger o emprego de jovens, possibilitando que eles adquiram experiência. Podem ser elaboradas políticas publicas dando incentivos fiscais para as empresas contratarem mais jovens. O governo também pode instituir um sistema de recompensas, para que jovens exerçam funções públicas, auxiliem a sociedade e aprimorem o currículo, tendo como contrapartida bolsas de estudo ou pontos para ingressar em instituições de ensino.