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Enviada em: 24/07/2018

Desde a Terceira Revolução Industrial, na década de setenta, acompanhada da intensificação da globalização na segunda metade do século XX, o mundo testemunha um frenético desenvolvimento técnico-científico. A partir desses fenômenos a sociedade usufrui de diversos avanços tecnológicos, como a internet e o computador. No entanto, tal processo, infelizmente, também trouxe graves problemas sociais e econômicos, como a dificuldade do jovem em ingressar no mercado de trabalho. Tal calamidade se dá pelo descompasso entre a instituições de ensino e as empresas.   A partir do crescimento da robótica, da automação e da microeletrônica, as empresas vêm diminuindo seu quadro de empregados, afim de cortar custos. Dessa forma, o mercado trona-se extremamente competitivo, excluindo profissionais menos qualificados, com os jovens. Assim, fomenta-se complicações como o desemprego, a precarização do trabalho e o aumento da desigualdade social, visto que aqueles que não têm acesso a educação de qualidade tornam-se marginalizados, sujeitos ao trabalho informal sem o amparo das leis trabalhistas.   Além do mais, o sistema de ensino atrasado e, geralmente, de baixa qualidade é o principal responsável pela formação deficiente dos jovens. Dessa maneira, o jovem depara-se com uma realidade totalmente oposta a vivenciada no meio acadêmico, ainda preso em moldes da Primeira Revolução Industrial. Tal circunstância é evidenciada no aumento de pessoas bem sucedidas que não cursaram uma graduação, como Bill Gates, Steve Jobs e Mark Zuckerberg, entre outros.   Assim, torna-se notável a dissonância entre as instituições acadêmicas e as entidades privadas. Logo, necessita-se uma imediata reformulação do ensino, além da implementação de políticos que aproximem as empresas das escolas/faculdades. No âmbito educacional, é necessário a flexibilização do currículo do ensino médio, diminuindo a carga horária por disciplina e adicionando disciplinas como educação financeira e programação básica, essenciais na atualidade. Ademais, no âmbito político, é primordial propor medidas, como redução de impostos e vantagens na aquisição de contratos públicos, que incentivem as empresas a investirem na formação dos jovens. Destarte, origina-se um ambiente mais favorável para a prosperidade tanto econômica quanto social das nações.