Enviada em: 05/08/2018

Desde o século XVIII, marcado pelo luminismo, entende-se que uma sociedade só evolui quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, ao observar os desafios encontrados pelos jovens ao se inserir no mercado de trabalho, atualmente, nota-se que esse ideal é concluído na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática continua intrinsecamente ligada à realidade do País, seja pela insuficiente vivência escolar, seja pela falta de atitude dos próprios jovens. É evidente que a experiência escolar, nos moldes de hoje, não é o suficiente para prepara-los para o mercado de trabalho que além de conhecimento, exige comportamentos, mas sim para uma prova em que decorar, ou as vezes entender o conteúdo é o suficiente. Na escola alcançar a média basta para que todo ano o aluno seja "promovido", e com essa referência de que com o mínimo se consegue o necessário o jovem inicia sua carreira profissional, em que será preciso sempre entregar o seu máximo para poder, na melhor hipótese, continuar no mercado e assim buscar o crescimento profissional.  Igualmente, destaca-se a falta de atitude dos jovens como impulsionador do problema. Segundo o filósofo chinês Chuang Tzu, "antes de entrar numa batalha, é preciso acreditar naquilo pelo qual se está lutando". De maneira análoga, é possível perceber que falta aos jovens, a percepção de que além de ingressar em um curso de graduação, ele também adentrará no mercado de trabalho. Hoje muitos cursos de qualificação, gratuitos e até mesmo à distância, são disponibilizados, como oratória e marketing pessoal por exemplo, basta que se acredite na importância destes, para então surgir o interesse e principalmente a atitude de se qualificar. É evidente, portanto, que ainda há dificuldades para que ocorra a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Sendo assim, as prefeituras devem organizar uma parceria entre empresas e escolas em que esta disponibilizará um tempo a cada semestre para que estudantes do ensino médio daquela visitem, acompanhem e tirem suas dúvidas com um profissional da área que desejarem durante três dias, promovendo a habituação com o mercado das áreas que tem interesse. Como proferido pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por empresários, gestores e diretores, que discutam o que se espera de um colaborador e onde também serão divulgados cursos de qualificação, com o intuito de que os jovens percebam a importação de se capacitar e juntamente tenham a oportunidade de conhecer os cursos disponíveis.