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Enviada em: 03/08/2018

Na mitologia nórdica, Loki foi condenado a ficar eternamente preso em uma caverna com o veneno de uma cobra caindo constantemente em seu rosto. Todos os dias, sua esposa segurava uma bacia na tentativa de amenizar a situação do marido, conquanto era vencida pelo cansaço. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana de jovens que buscam ultrapassar as barreiras as quais os separam do mercado de trabalho. Nesse contexto, não há dúvidas de que essa temática é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente, devido não só à negligência governamental, mas também a nova dinâmica das empresas.   A constituição cidadã de 1988, garante a doutrina da proteção integral a qual tem o dever de garantir aos jovens desde a adolescência, sua profissionalização e posterior entrada no mercado de trabalho. Consoante Aristóteles no livro Ética a Nicômaco , a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil na medida em que as ofertas de empregos para a classe não são suficientes em todo o território nacional, fazendo os direitos permanecerem no papel.  Idem, a atual dinâmica das empresas é um grande impasse à permanência e entrada dos jovens ao ofício. Visto que, é crescente a valorização por profissionais mais experientes devido a sua suposta eficiência para o crescimento da instituição, fazendo com que não haja novas oportunidades para uma parcela da sociedade que tem um enorme potencial de aporte. Desse modo, cabe as empresas adotar o princípio da alteridade visando enxergar nos novatos suas qualidades.   É claro e inequívoco que, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao ministério do trabalho por meio de subsídios a empresas criadoras de projetos- pilotos que visem garantir a oportunidade e aprendizado aos jovens, as quais promovam campanhas de recrutamento e os ajudem no processo de adaptação e evolução. Desse modo, a realidade se distanciará do mito nórdico e a juventude vencerá.