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Enviada em: 06/08/2018

Durante a hegemonia do fordismo como modelo de produção, os trabalhadores eram empregados a exercer uma única função, repetidamente - mão de obra especializada. Com a decadência desse modelo e o surgimento do toyotismo, os trabalhadores passam a possuir uma visão geral do serviço prestado - mão de obra qualificada. Nesse cenário, cabe ao proletariado se enquadrar nas exigências das empresas. Atualmente, os jovens enfrentam grandes dificuldades de se ingressarem no mercado de trabalho devido à má formação e pouca experiência.       É importante comentar, antes de tudo, a péssima formação dos jovens brasileiros. Após a conclusão do ensino médio os jovens possuem uma visão geral de todas as áreas de conhecimento, no entanto não há nenhum direcionamento para o mercado de trabalho. Nesse contexto, com a inequação entre a formação acadêmica e o que o mercado exige, os jovens acabam desempregados.       Ademais, é necessário ressaltar, também, a falta de experiência dos jovens. Não adianta existir jovens qualificados a disposição se eles não possuírem a experiência exigida. Grande parte das empresas, para evitar problemas, acabam dando prioridade para aqueles que já entendem do serviço prestado. Nesse sentido, a maioria e dos indivíduos mais novos ficam de fora dessa lista, por não possuírem experiência.  É o que mostra uma pesquisa publicada em 2017, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que diz que 57% dos jovens se encontram fora do mercado de trabalho.       Fica claro, portanto, que os jovens possuem muitas dificuldades para se incluir no mercado de trabalho. Nesse sentido, para reverter essa situação, é necessário que o Ministério da Educação amplie a rede dos institutos federais que oferecem ensino médio integrado a cursos técnicos, dando a formação acadêmica que o mercado exige. Cabe as empresas, juntamente com os institutos profissionalizantes, oferecer estágios aos jovens, que ganharão experiência com essa oportunidade.