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Enviada em: 12/08/2018

Considerado uma das mais célebres obras inglesas, ''Admirável mundo novo'', de Aldous Huxley, retrata uma sociedade organizada no qual cada cidadão possui um emprego e sua função no corpo social. Fora da literatura, a obra não se encaixa com a realidade, visto que, no cenário brasileiro são alarmantes as dificuldades encontradas pela juventude para ingressar no mercado de trabalho, sendo isto maléfico à sociedade. Destarte, é preciso não só considerar as razões dessa prática bem como os impactos sociais decorrentes dela.        Cabe pontuar, em primeira análise que, embora os jovens da nação encontram-se em uma geração mais preparada, informada e educada, é vigente um mercado de trabalho mais exigente e competitivo. Neste viés, a prejudicial desproporção entre o que é cobrado na carreira profissional e o que é ensinado no meio acadêmico ecoa em barreiras até a fase adulta do indivíduo, uma vez que, o jovem brasileiro não possui preparo e qualificação, desde a educação básica até a superior, eficiente para o que lhe é demandado. Ademais, é inegável a presença de um preconceito enraizado no país quanto ao grupo analisado, posto que, diversas empresas decidem escolher profissionais mais velhos, com o esteriótipo errôneo de que apenas estes são mais experientes e capacitados.        Em contrapartida, merece-se ponderar que, nessa temática, o trabalho está cada vez mais globalizado, conforme a modernidade líquida, de Zygmund Bauman, ao relatar a falta de solidez das relações. Em vista disso, a ineficiente qualificação do profissional, negada pelo governo e empresas, corrobora com uma série de impasses ao Brasil, como por exemplo, a desmotivação do jovem na busca de empregos. Outrossim, em 2017, cerca de 57% dos jovens estavam desempregados há mais de um ano, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ou seja, neste cenário, são as maiores vítimas da recessão que, por conseguinte, gera um forte surgimento de mercados informais com o intuito de suprir a crise enfrentada pelo grupo. Infere-se que esse processo e seus frutos ,portanto, precisam ser minimizados urgentemente.         Diante dos argumentos supracitados, cabe ao Estado - responsável por manter a ordem, assegurar a defesa e promover o progresso da sociedade - desenvolver ações afirmativas que vissem garantir a dignidade humana de seus cidadãos. Para isso, o Ministério da Educação deverá elaborar uma reforma na matriz curricular, por meio de novas matérias e cursos que preparem o indivíduo para seu emprego, com o fito de efetivar a inclusão dos jovens no mercado de trabalho e aprimorar o currículo profissional, haja vista que a escola é a máquina socializadora do Governo. Poder-se-á, assim, ingressar o jovem no mercado e tornar sua admissão, de fato, qualificada e sem dificuldades no Brasil.  planos de ensino principalmente nas faculdades dando uma visão mais ampla e prática de como vai ser o mercado que irão encontrar ao saírem.