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Enviada em: 27/08/2018

Contorno digno    A Terceira Revolução Industrial, responsável pelo advento da robótica e da informática, fez as necessidades do mercado e as novas tecnologias se alterarem rapidamente, o que gerou grandes massas de desempregados nos cargos que não são mais úteis. Nesse pretexto, a falta de emprego assola os jovens (entre 15 e 24 anos) atualmente, e sua dificuldade quanto ao ingresso laboral concentra-se em dois “pilares” principais: a inadequação dos ensinos médio e superior e a falta de incentivos para que o cidadão empreenda.    A priori, a educação nacional apresenta um viés muito conteudista e pouco prático, no qual as matérias abordadas não refletem as necessidades do mercado. As escolas e colégios, dessa maneira, não têm as diretrizes para ministrarem conteúdos de matemática financeira, informática e robótica tão competentemente quanto os empregadores exigem. As universidades, analogamente, destinam seus currículos às disciplinas elementares, uma vez que as evoluções tecnológicas das teorias e técnicas são obras de estudos para as especializações pós-graduação. Por esses motivos, o desemprego da juventude no Brasil registra o dobro das taxas mundiais, de acordo com o site “cartacapital.com”.    Outrossim, o aparelho estatal, com suas burocracias e taxações em excesso, pouco permite à juventude o ingresso no empreendedorismo. Baseando-se em números do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), o jovem que nunca trabalhou tem 70% menos chance de conseguir um emprego que um adulto, por mais que, atualmente, estes tenham menos conhecimentos computacionais que aqueles. Nessa perspectiva, se essa parcela populacional tiver o incentivo do Estado em vista de, ao invés de empregados, se tornarem seus próprios chefes e investirem em microempresas na área tecnológica, a economia do país iria ser mais próspera e a jovialidade teria menos dificuldade em ser valorizada.    É nítido, portanto, a necessidade de garantir ao jovem o trabalho e a prosperidade econômica. Visando o melhor preparo dessa parcela brasileira, o Ministério da Educação poderia estudar novas alternativas para o currículo estudantil, identificando a associação do estudo com as tecnologias e as finanças atuais, a fim de que os ensinos fundamental e superior se adequem aos avanços do mercado. Ademais, a união do Executivo, do Legislativo e do Judiciário para fazer reformas na tributação e na burocracia do Estado poderia permitir o surgimento de microempresas, e, com isso, a possibilidade da juventude ascender em sua vida e trabalhar para si mesmo. Destarte, tais alterações garantiria dignidade à população jovial e o contorno dos possíveis efeitos da Terceira Revolução Industrial.