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Enviada em: 12/08/2018

É inegável que o avanço da tecnologia alterou significativamente os modelos de produção e toda a dinâmica do mercado de trabalho. O homem passou de um sistema rudimentar que valorizava a singularidade e a repetição de tarefas a um modo produtivo tecnológico que necessita de um trabalhador multifuncional e capacitado. Esse modelo, no entanto, favoreceu o aumento nos níveis de desemprego entre os jovens, o que constitui um problema social grave que precisa ser enfrentado. Dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho mostram que as taxas de desemprego entre os jovens do Brasil foi a maior nos últimos 27 anos. Tal situação, é reflexo de diversos fatores, entre eles a dificuldade dos jovens de se adequarem as novas exigências do mercado de trabalho, que exigem cada vez mais pessoas capacitadas. Outro agente que contribui para a intensificação da problemática é o método de seleção das empresas na hora de contratar seus empregados, dando preferência aos que possuem experiência profissional. Como consequência, temos o aumento de jovens no mercado informal, trabalhando muitas vezes em condições insalubres. Outro ponto que merece atenção é o aumento da criminalidade, uma vez que muitos jovens que não conseguem se inserir no mercado de trabalho, recorrem ao mundo do crime como opção de se sustentarem financeiramente. Vê-se, portanto, que tal embate urge por medidas intervenção. Assim, cabe ao Governo através do Ministério da Educação em conjunto com suas esferas federais, estaduais e municipais criar mais unidades de ensino técnico e superior a fim de capacitar os jovens para o mercado de trabalho. Concomitante a isso, parcerias público-privado devem ser criadas e fortalecidas para a geração de editais para vagas de emprego direcionadas aos jovens. Dessa forma, essa situação estará mais próxima de ser extinta da sociedade brasileira.