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Enviada em: 21/08/2018

A nova geração é composta por jovens desempregados e um mercado de trabalho exigente. Isto é, os atuais requisitos para se conseguir um emprego em muito tem a ver com a grande massa de estudantes ambiciosos, conectada às redes e que procura firmar o mais cedo possível uma carreira de sucesso. Entretanto, o percentual de desempregados reflete uma falta de orientação na escolha da profissão, bem como a de adequar a carreira à experiência de trabalho. Muitas vezes o jovem busca por uma posição de destaque sem ter trabalhado antes, ou ainda, não se sabe ao certo que ocupação exercer.        Em primeiro lugar, em meio a tecnologia e a fluidez de informações, essa é a geração de jovens mais bem preparada para o mercado, comparando com as demandas anteriores. No entanto, entre 18 e 24 anos, 57% estão sem exercer alguma atividade remunerada, conforme pesquisa da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Tais dados são reflexos das exigências do mercado, como a intimidade com o inglês e o ensino técnico ou superior, considerados dificultantes na conciliação entre um bom currículo e treinamento profissional para os recém-formados no Ensino Médio.           Em virtude disso, muitos buscam a especialização antes do emprego, a fim de que na conclusão dos cursos, consigam, de imediato, uma posição de destaque. Porém, mesmo com o aperfeiçoamento, os jovens inexperientes possuem 64% menos chances de conseguir um emprego do que aqueles que já trabalharam, de acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).         Ademais, há também a indecisão do jovem na escolha da carreira como razão de desemprego. Menos de 20% procuram orientação profissional, conforme um levantamento do grupo Cia de Talentos. Nesse sentido, tomam uma decisão sem antes considerar os passos até se chegar à posição almejada ou sem saber se a atividade de fato coincide com suas habilidades. Por conseguinte, cerca de 40% desistem da profissão por não se identificarem com o trabalho durante os estágios, segundo o Núcleo Brasileiro de Estágios.       Sendo assim, é importante que os adolescentes, a princípio, enumerem possíveis profissões a serem seguidas, por meio da procura de tipos de carreiras, de testes vocacionais, bem como de lugares e empresas que aceitem aprendizes. Além disso, é preciso conversar com profissionais das áreas e checar quais são as exigências das mesmas, se são especializações que contam mais ou experiência na área. Assim, as taxas de desemprego entre os jovens diminuiriam e formariam-se profissionais de qualidade, uma vez que desde cedo haveria a busca pela conciliação entre realização pessoal e desenvolvimento no ambiente profissional.