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Enviada em: 17/08/2018

Durante a Primeira Revolução Industrial, desde a infância os indivíduos tinham que trabalhar nas fábricas, onde havia grande oferta de empregos. Em contrapartida, hodiernamente, os jovens brasileiros enfrentam dificuldades quanto ao seu ingresso no mercado de trabalho, as quais estão relacionadas às novas exigências das empresas diante das crises vividas pelo país e da revolução tecnológica da era globalizada.     Em primeiro lugar, vale ressaltar a situação do Brasil atual e suas consequências na esfera empregatícia. O país atualmente passa pelas crises política e econômica (ligadas à corrupção e à crise de 2008), as quais, indubitavelmente, originam instabilidades no mercado de trabalho. Nesse sentido, as empresas passam a buscar funcionários com ampla experiência e capazes de resolver problemas diversos. Tais exigências geram uma forte concorrência por vagas de emprego entre indivíduos que se formaram há mais tempo e os recém formados. Essa competição, no geral, acarreta na contratação dos primeiros por conta da falta de experiência dos segundos, perpetuando, desta maneira,o desemprego entre os novatos no espaço do trabalho.     Além disso, com os avanços tecnológicos da chamada Terceira Revolução Industrial, a esfera econômica demanda profissionais altamente qualificados e adaptados às novas tecnologias. Não obstante, nem todos os estudantes que concluem o ensino médio continuam seus estudos. Desta maneira, esse grupo de desqualificados é aquele que mais encontra dificuldades para empregar-se, já que compõem uma mão de obra absorvida por serviços que não precisam de elevado conhecimento técnico, sendo que estes são os trabalhos que mais estão suscetíveis à substituição por máquinas - realidade característica da atual era globalizada e pós-industrial.     Mediante o alencado, nota-se que a crise econômica e a falta de especialização são fatores que dificultam a obtenção de empregos pelos jovens. Cabe ao Poder Judiciário a continuação da operação Lava Jato para a superação da crise política e ganho de maior confiança por parte do setor econômico. Compete ao Ministério do Trabalho a criação de um projeto nas universidades para o ganho de experiência, por meio de parcerias público-privadas (no caso das instituições privadas) e programas que envolvam a solução de problemas reais, para que os jovens tenham chance de competir no mercado de trabalho. Ademais, o MEC deve incentivar a continuação da formação dos brasileiros após a conclusão do ensino médio, promovendo palestras nas escolas para apontar-lhes as possibilidades de qualificação tanto por meio dos programas do Governo como através das escolas privadas, de forma que a mão de obra atenda aos requisitos da globalização e esteja preparada para os ofícios.