Materiais:
Enviada em: 23/08/2018

Com o avanço do capitalismo, o processo de globalização gera consequências e dificuldades para uma das principais faixas etárias. A inserção dos jovens no mercado de trabalho representa um grande desafio para a sociedade contemporânea por diversos motivos. Seja pela falta de experiência dos recém-formados, seja pela contemporaneidade conturbada vivida, a resolução dessa problemática é dificultada, o que configura um grave problema social.       Em primeiro lugar, a pouca qualificação dos jovens após terminar o ensino superior afeta na sua dificuldade de entrar no mercado de trabalho. Apesar de serem considerados o futuro do país, eles são descartados pelas empresas que passaram a ser mais seletivas com o quadro de funcionários, exigindo um currículo com experiências ainda não vividas pelos recém-formados. A dificuldade ainda é maior para os adolescentes que ainda não possuem o ensino superior e, por isso, foi implementado a Lei Menor Aprendiz no Brasil. Essa exige que empresas de médio e grande porte contratem jovens com idade entre 14 e 24 anos como aprendizes. Dessa maneira, é possível adquirir capacitação na instituição formadora e na empresa, combinando formação teórica e prática. Contudo, essa lei não resolve a problemática para toda a população jovem.       Em segundo lugar, é notável destacar que o cenário conturbado vivido gera reflexos no mercado de trabalho. De acordo com Bauman, sociólogo polonês, em um passado não tão distante, a sociedade vivenciava um período com mais estabilidade, tal período foi se transformando até chegar à modernidade líquida. Logo, a instabilidade no mercado de trabalho trouxe dúvidas e inseguranças que atingem tanto o profissional experiente quanto os jovens. Dessa maneira, os recém-formados aos conquistarem seus diplomas não tem garantidos seus empregos, e as empresas preferem não perder tempo em treinamento com profissionais inexperientes, uma vez que o mercado de trabalho está em constante mudança.       A fim de reverter a problemática que envolve a dificuldade dos jovens de ingressarem no mercado de trabalho, são necessárias algumas ações. Cabe ao Poder Legislativo brasileiro ampliar, com eficiência, a Lei Menor Aprendiz exigindo das empresas uma porcentagem de suas vagas de emprego aos recém-formados, por intermédio de uma emenda constitucional, pois é um instrumento importantíssimo para o exercício da democracia. Além disso, é preciso incentivar a contratação de jovens profissionais, através da mídia, que tem grande influência sob a população. Assim, será possível permitir que os recém-formados ingressem no âmbito profissional.