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Enviada em: 20/08/2018

A Constituição Federal de 1988 garante a educação básica como direito de todo cidadão. Entretanto, é bastante coerente dizer que essa formação fundamental é deficitária, logo se converge com um mercado que se torna cada vez mais exigente. Assim, nota-se as dificuldades dos jovens de ingressarem no mercado de trabalho, seja pela má formação educacional, seja pela globalização do emprego. Com efeito, evidencia-se a necessidade de medidas para mitigar esses obstáculos.      Convém ressaltar, a princípio, que o Brasil ainda não conseguiu superar os desafios para uma educação eficaz no que tange a preparação para o mercado de trabalho. Isso porque os jovens ao saírem do ensino médio e buscarem seu primeiro emprego, na maioria dos casos, perdem a vaga para um candidato que tenha mais experiência laboral por não possuir a qualificação exigida. Essa conjuntura, de acordo com os ideais do contratualista John Locke, configura-se violação do "contrato social", já que o Estado não cumpre a função de garantir uma educação de qualidade para que os indivíduos recém formados possuam oportunidades mais expressivas no meio laboral, o que expõe essas pessoas à uma situação de impotência.      Além disso, pode-se apontar como um dos fomentadores dessa atual situação a globalização do emprego. Isso se dá porque com a Revolução Tecnológica, no final do século XX, a qual foi responsável pela disseminação universal da internet, as empresas contratantes ampliaram as formas de divulgar novas vagas. Embora essa atitude seja positiva em relação à melhor propagação de informação sobre novas oportunidades de emprego, obtem-se como consequência negativa a expansão do número de candidatos à uma mesma vaga, logo gerando maior competitividade e aumentando as dificuldades de inserção do jovem no mercado de trabalho.      É evidente, portanto, que há entraves para que os jovens ingressem no meio laboral. Dessa maneira, é preciso que o Estado brasileiro em conjunto com o Ministério da Educação promova melhorias no sistema público de ensino do país, por meio da capacitação dos estudantes para o mercado, como a implementação do curso técnico no ensino médio, com a oferta de estágio nas áreas específicas de cada curso para assim tornar o jovem mais qualificado. É imprescindível, também, que a mídia colabore com campanhas que incentive as empresas na contratação juvenil, a partir de publicações nas redes sociais que aponte os pontos positivos para as firmas com o objetivo de diminuir, a longo prazo, a competitividade. Poder-se-á, assim, visar à um mercado, de fato, inclusivo no Brasil.