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Enviada em: 22/08/2018

A Terceira Revolução Industrial trouxe consigo a globalização do mercado de trabalho, modificando as relações já conhecidas, se a alguns anos a ideia de um profissional em um canto do mundo dar instruções para montagem de um artefato do outro lado do globo era irreal, hoje em dia, essa prática já existe e vem se tornando comum. Todavia, tais transformações não vêm sendo benéficas a todos já que o mercado de trabalho está exigindo cada vez mais qualificação e experiência por parte do empregado, o que dificulta a entrada no mercado de trabalho daqueles que buscam sua primeira colocação. Diante disso, deve-se analisar como a negligência do Estado agrava tal problemática  no país.  A negligência do Estado é um dos principais responsáveis pela falta de qualificação do jovem o que dificulta sua entrada no mercado de trabalho. Isso ocorre devido às políticas imediatistas de grande parte dos governantes que priorizam investimento em áreas de retorno a curto prazo em detrimento de outras. Prova disso é o baixo investimento em educação, na criação e manutenção de cursos de qualificação gratuitos, já que esses são escassos em comparação com a população total brasileira e os que existem em grande parte dos casos se encontram em estado de descaso por falta de verba pública. Consequentemente, cada vez mais as empresas vão sofrer com o déficit de funcionários especializados enquanto milhares de jovens se encontram desempregados por falta de qualificação.  Outrossim seria ingênuo não observar como a negligência do Estado também se aplica a falta de experiência do jovem brasileiro. Na obra "Sítio do Picapau Amarelo" a personagem Emília ao fechar olhos e brincar de faz de conta transforma em realidade sua imaginação e é essa impressão que os governantes brasileiros passam a sua população, que se encontram brincando de "faz conta" vivendo no mundo de suas imaginações e ignorando o fato que programas de primeira colocação profissional como o "Jovem Aprendiz" não são ampliados e/ou criados a anos o que acaba criando barreiras para o ingresso da juventude na economia já que sem incentivo governamental os empregadores tendem a dar preferencia para aquele com maior experiência profissional, assim criando um ciclo vicioso de pessoas que não tem experiência e não conseguem vagas de emprego para poderem ter experiência. Fica claro, portanto, a necessidade de mudanças por parte do poder público para solucionar a questão. O Governo Federal deve aumentar o investimento na educação priorizando a criação e manutenção de unidades de qualificação profissional pelo Brasil, como, por exemplo, faculdades e escolas técnicas. Além disso, o Congresso Nacional deve sancionar medidas que ampliem programas de colocação do jovem no mercado profissional em outras áreas como aqueles que buscam primeira colocação após um curso, uma faculdade que não sejam necessariamente seu primeiro emprego.