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Enviada em: 24/08/2018

A partir de 2000, a Lei 10.097/000, chamada Lei de Aprendizagem, foi sancionada com intuito de inserir os jovens no mercado de trabalho, oferecendo-lhes vagas como aprendizes em empresas diversas. Entretanto, a problemática enfrentada por esse grupo perdura evidenciada na busca por um futuro profissionalizante e o quadro de destituição de cargos não foi efetivamente revertido. Dessa forma, pode-se ratificar que os jovens-adultos encontram desafios no ingresso trabalhista, devido não somente ao sistema educacional falho no país, mas também à desvalorização desses no meio laborativo.     Primeiramente, deve-se salientar que a base escolar é responsável pela formação do ser. Segundo o sociólogo brasileiro Paulo Freire, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção. Nesse ínterim, sua afirmação expressa a necessidade do ensino de qualidade presente no país, visto que além de garantir o conhecimento para o aluno, permite com que ele adquira qualificação para um futuro emprego, sendo possível através da absorção dos conteúdos estudados no período estudantil e na colaboração com um convívio social no ambiente de trabalho. Portanto, fica claro que caso não haja melhorias no âmbito educacional, o desemprego entre jovens desenvolverá.      Além disso, é preciso inferir que o sistema trabalhista visa a contratação de funcionários que possibilitem trazer vantagens para determinada empresa, como o lucro, principalmente. Sendo assim, o recém-formado encontra dificuldades para alcançar uma vaga de emprego, quando comparado aos indivíduos com idades superiores e mais experiência na área, que é oferecida através de uma entrevista ou currículo para exposição de suas capacitações e práticas para exercer certa profissão. Consequentemente, com a persistência da desvalorização da juventude trabalhadora, o ingresso desses na ofício profissional será dificultado.     Diante dos argumentos supracitados, é evidente que os jovens deparam-se com empecilhos na inserção do mercado trabalho. Desse modo, é papel do Ministério da Educação, por meio das escolas, oferecer palestras realizadas por profissionais em diversas áreas, trazendo apresentação dos conteúdos importantes de cada profissão, para que os alunos aprendam sobre essas e assim possam estar situados no atual ramo trabalhista, sendo realizada sua preparação para o futuro profissionalizante. Ademais, o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio das leis, deve implantar certa porcentagem de vagas em empresas destinadas aos jovens, objetivando a valorização após o período de graduação e então, seja possível a inserção completa do referido grupo.